Sexta-feira, 13 de Setembro de 2024
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Praça de Camões foi palco de cerimónia militar

Em abril deste ano, 25 militares do Exército português partiram para o Iraque com o objetivo de dar formação às Forças Armadas daquele país que combatem o terrorismo. Seis meses depois, o contingente está de regresso com o sentimento de dever cumprido.

 

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“Foram seis meses no teatro de operações. Elevou-se bem alto a nossa bandeira e dignificámos o exército português”, contou o Major André Barros, comandante da 9ª Força Nacional Destacada.

Durante meio ano, este contingente deu formação a cerca de dois mil militares iraquianos, no âmbito da operação Inherent Resolve. A principal dificuldade, refere o Major, “foram as elevadas temperaturas”. “Saíamos da unidade ainda de madrugada para evitarmos o calor. Apanhámos temperaturas mínimas de 37º e máximas de 53º. Foi uma missão exigente e rigorosa. Das mais difíceis que já tive”, explicou.

Num mundo ainda dominado pelo sexo masculino, já se começam a ver muitas mulheres. A Capitão Marisa Cardoso é uma delas. “Esta foi a minha primeira missão. Foi uma experiência completamente diferente”, confessou à VTM.

Apesar de Portugal e Iraque terem culturas muito diferentes, a Capitão garante que ser mulher não foi um problema, “antes pelo contrário. Foram mais amáveis, mais prestáveis e não fui vítima de qualquer falta de respeito. Voltava a repetir a experiência, claramente”, esclareceu Marisa Cardoso.

A 9ª FND preparou-se para a missão no Regimento de Infantaria 19, em Chaves, cidade onde regressou para uma cerimónia simbólica de entrega do Estandarte Nacional que acompanhou o contingente durante a missão. No seu discurso, o Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Fonseca, destacou o trabalho realizado pela 9ª FND. “Ao longo de seis meses, os militares portugueses contribuíram para a formação de aproximadamente dois mil militares iraquianos. Com notável exigência técnica, asseguraram a formação de múltiplas matérias, como técnica individual, tática, armamento e tiro, topografia, combate em áreas urbanas, apoio de combate e apoio sanitário em combate”.

O General conclui dizendo que “à imagem dos restantes contingentes projetados para o exterior, a 9ª FND contribuiu para o fortalecimento da segurança cooperativa e da paz global. É com visível orgulho e redobrada satisfação que acolhemos os nossos militares, após cumprimento de mais uma missão, numa conturbada região do mundo”. 

A cerimónia, que decorreu na Praça de Camões, junto à Câmara Municipal de Chaves, contou ainda com a presença de familiares e amigos dos militares, e outros tantos curiosos, que assistiram à entrega do Estandarte Nacional e ao desfile das Forças em Parada.

Veja a Reportagem em vídeo

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