No início da semana, Joaquim Teixeira pediu a suspensão do seu mandato à frente da Junta de Freguesia de Folhadela, uma decisão que, segundo o autarca, se deve a “motivos de ordem pessoal” que o obrigam a estar “ausente da sua habitação”.
Apesar de reconhecer o clima de descontentamento vivido na freguesia com o possível traçado da Auto-Estrada número 4 (A4), cuja discussão pública do estudo de impacte ambiental termina hoje e que, segundo Joaquim Teixeira, não passa de “um mamarracho de betão que vai atravessar o coração de Folhadela”, o autarca garante que a sua decisão tem motivações estritamente “pessoais”.
“A minha posição é conhecida e está registada em várias reuniões da Junta e da Assembleia de Freguesia”, explicou Joaquim Teixeira, reiterando a sua discordância com o traçado actualmente em discussão.
Apesar de ter consciência de que, por vezes, os “interesses do concelho e da região se sobrepõem aos locais”, o Presidente de Junta deixou bem claro que considera “inaceitável” a realização de investimentos dessa ordem, quando a população da sua freguesia ainda tem que lidar com problemas, ao nível de infra-estruturas básicas, como saneamento, abastecimento de água e rede eléctrica.
Mas Joaquim Teixeira refere, ainda, que, apesar de, à semelhança da população de Folhadela, não concordar com a construção de “um mamarracho de 65 milhões de euros ou mais”, não está de acordo com o “show-off” que tem sido feito por uma “alegada Comissão de Moradores”, da qual não conhece “representante oficial ou quem fale por ela”.
“O povo de Folhadela sabe que, acima de tudo, quero defender os seus interesses”, garantiu Joaquim Teixeira, lamentando, no entanto, que esteja a haver, por parte de “forças da oposição”, uma tentativa de “manietar” a opinião da população, ao “denegrir a imagem” do autarca.
MM