O mandato fica suspenso a partir desta quinta-feira, uma vez que a autarca é também candidata pelo Partido Socialista, em segundo lugar pelo círculo de Bragança, às eleições legislativas.
Tudo acontece devido à imposição da lei das incompatibilidades, como explicou a presidente de câmara na passada quarta-feira.
“Vou suspender o mandato porque é obrigatório por lei, porque sendo presidente de câmara, a lei confere que é incompatível, uma vez que passa todo o processo eleitoral pelas câmaras e há uma incompatibilidade”, referiu, deixando bem claro que o objetivo é ser eleita.
“O objetivo do PS é eleger dois deputados e, se isso acontecer, é evidente que renunciarei ao mandato, mas isso só depois dos resultados eleitorais é que decidiremos”.
Neste sentido, pelo menos até 6 de outubro, a presidência da autarquia passará a ser assumida pelo vice-presidente, Eduardo Tavares, engenheiro em Gestão da Empresa Agrícola pelo Instituto Politécnico de Bragança.
Ao que tudo indica, caso Berta Nunes seja eleita, Eduardo Tavares será o próximo candidato do Partido Socialista à câmara de Alfândega da Fé, nas eleições autárquicas.
Agora, de saída, Berta Nunes aproveitou para salientar o seu trabalho na recuperação financeira do município, apontando que “fizemos o saneamento de toda a dívida, o que implicou pagar todos os anos 1,2 milhões de euros à banca”.
Além da presidente da Alfândega da Fé, também Pedro Mascarenhas, vice-presidente da autarquia de Macedo de Cavaleiros, candidato na lista do PS, terá de suspender o cargo até às eleições, com a vereadora Elsa Escobar a assumir o seu lugar.