Dentro de um mês e meio, a Entidade Regional de Turismo do Douro (ERTD) vai organizar um encontro entre os agentes turísticos da região, adiantou António Martinho que, no dia 27, tomou posse enquanto presidente da direcção do novo organismo, realçando como uma das prioridades o diálogo entre os vários dinamizadores do sector.
“Este encontro servirá para as pessoas se conhecerem, conversarem, concordarem e discordarem”, explicou o responsável pela Turismo do Douro, defendendo que o passo seguinte é a acção.
António Martinho lembrou ainda que a “sustentabilidade do turismo assenta na atracção de novos turistas” e, por isso, também é considerado crucial “dar a conhecer o Douro, através de um conjunto de actividades que começaram com a participação na Bolsa de Turismo de Lisboa, a 20 de Janeiro, e que vai continuar com a divulgação em outros eventos internacionais, como, por exemplo, no final deste mês, o Xantar – a Feira Gastronómica da Galiza.
“Actualmente, temos turismo cultural e de paisagem, turismo de natureza e de gastronomia, vinhos, mas queremos ir mais longe”, defendeu o presidente da ERTD considerando o Golf como uma possibilidade, desde que se salvaguarde a paisagem duriense.
Entre outras estratégias, o novo responsável sublinhou a aposta na visão do Porto e Gaia como uma “porta de entrada” para os turistas e ainda a cooperação com Entidades vizinhas, numa simbiose que dê resposta aos desafios que o turismo tem pela frente.
“Vamos levar o Douro muito longe”, garantiu António Martinho.
A cerimónia de tomada de posse dos primeiros órgãos da Turismo do Douro foi presidida pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, que lembrou que a criação da ERTD surgiu no seio de uma reestruturação administrativa do país e teve como base a noção da importância de centrar as atenções no essencial, “que é garantir a existência de realidades turísticas com dimensão e capacidade de intervenção no Turismo de Portugal”.
Bernardo Trindade reconheceu que, no enquadramento “particularmente difícil da economia mundial e nacional, onde a indústria do turismo não é excepção”, é preciso conjugar “todos os esforços para colocar o Douro entre as prioridades nacionais”.
Para dar resposta a esse desafio, o secretário de Estado reforçou o apelo aos empresários do sector para que, no âmbito das suas estratégias de desenvolvimento, aproveitem a linha de crédito dinamizada pelo Governo, no valor total de 500 milhões de euros, e que pretende apoiar projectos viáveis que, em função das circunstâncias actuais, têm mais dificuldades em aceder aos créditos bancários. “Com prazos mais confortáveis, com carências que permitem aliviar a função financeira, nos primeiros dois anos, e taxas de juros competitivas”, a medida do Governo visa “garantir aos empresários a possibilidade de concentração no objecto social da sua actividade”.
De recordar que o governo criou ainda para as micro e pequenas empresas uma linha de crédito de 400 milhões.