Até a hora de fecho desta edição, o Ministério da Saúde contabilizava, a nível nacional, 248 casos confirmados de Gripe A (H1N1), dois quais deram entrada, e foram acompanhados, nos dias 22 e 23, respectivamente, pelo Hospital de São Pedro, em Vila Real.
Segundo os comunicados do Ministério, divulgados diariamente na Internet (Portal da Saúde), pelas 18h00, e de resto a única fonte oficial para a confirmação oficial dos casos registados, um utente com Gripe A deu entrada no dia 22. “Cinco casos têm origem em Londres: um homem de 25 anos referenciado pelo Hospital do Funchal; dois meninos de 1 ano, seguidos, respectivamente, no Hospital Pediátrico de Coimbra e no Hospital de Dona Estefânia; um homem de 24 anos assistido pelo Hospital de Faro e um menino de 8 anos acompanhado pelo Hospital de Vila Real”, explicava o Ministério no dia em que se contaram em Portugal, no espaço de 24 horas, 13 novos casos de infecção pelo vírus H1N1.
Logo no dia seguinte, o Ministério relatou um novo caso no hospital vila-realense, uma mulher de 59 anos que deu entrada no Centro Hospitalar “após estadia em Espanha”. No mesmo dia, o Ministério da Saúde falava em mais catorze novos casos confirmados em Portugal.
O último comunicado de imprensa, antes do fecho da edição do Nosso Jornal, não relatava a existência de qualquer registo na unidade hospitalar da capital transmontana, sendo de realçar no entanto que, nesse dia, “foram produzidos resultados positivos para nove casos suspeitos de infecção pelo vírus da Gripe A (H1N1)”, mantendo-se o total cumulativo de Portugal nos 248 casos confirmados.
Os esforços das forças vivas da região no sentido de sensibilizar as populações continuam, com organizações como a Associação Empresarial NERVIR a lembrar aos seus associados as regras básicas para se evitar uma verdadeira pandemia.
Também já é possível encontrar em vários cafés, escolas, lojas e locais públicos as informações oficiais do Ministério da Saúde que passam por medidas simples como lavar muitas vezes as mãos, em especial quando se assoar, espirrar ou tossir, e nesse caso deverá ainda tapar a boca um lenço de papel, que deve ser deitado ao lixo, e nunca com a mão ou com os braços. Os cidadãos devem ainda limpar frequentemente objectos como maçanetas das portas, corrimãos, telefones e computadores.
“A nova estirpe da gripe transmite-se pelo ar, de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva de um indivíduo doente, sobretudo pela tosse ou espirros, mas também por contacto das mãos com objectos ou superfícies contaminadas”, explica o Ministério, advertindo “que é fundamental a participação activa por parte dos cidadãos, e dos próprios profissionais de saúde, no sentido de comunicarem às autoridades qualquer contacto próximo com alguém infectado pelo vírus da Gripe A”.
Apesar de toda a sensibilização, o ministério sublinha que “o surgimento de casos de transmissão secundária e o aumento de casos importados eram previsíveis pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia” e que, por isso, “não há qualquer razão para alarme, mas sim para uma atenção redobrada”.