Em comunicado, o MCLT aponta “vicissitudes” no Projecto da EDP, nomeadamente quanto às opções da combinação de três modos de transportes (autocarro, barco e comboio) e levanta algumas interrogações. Com que base se chegou a tão elementar conclusão de que a solução segmento turístico: autocarro + barco + comboio, associada à oferta de produtos turísticos e fruição da paisagem natural do Tua, constituirá por si só uma potencialidade turística, aumentando o interesse dos visitantes sobre a região? Será do facto de se obrigar os turistas, que ninguém referiu quantos poderão ser, a passar por três transbordos, que não se comparam ao ter de passar meramente de uma plataforma para outra. Será que isto tem a mesma valência do que a Linha do Tua modernizada e reaberta?”
O MCLT considera que as soluções apresentadas “não estão de acordo com o que vinha estipulado no caderno de encargos e no estudo de impacte ambiental”, adiantando que, assim, a barragem “não pode seguir em frente”, tal como a EDP pretende.
Desde que a EDP arrancou com obras de prospecção, no início do ano, levantando cerca de 2 quilómetros de via em pleno Douro Vinhateiro – Património da Humanidade, que o táxi de transbordo tem sido suportado pela CP, desde o Tua até ao Cachão, e não da Brunheda até ao Cachão, motivando grandes repercussões financeiras para o Metro e Câmara Municipal de Mirandela. O Movimento defende que deveria ser a EDP a assegurar o transporte de passageiros, entre a estação de Foz Tua e o apeadeiro da Brunheda.
Por outro lado, o MCLT sustenta “que a oferta da lotação é muito inferior à procura nos meses de Primavera e Verão, havendo muitos relatos de passageiros que ficaram apeados, e outros que viajaram na bagageira de táxis”.
O RECAPE da Barragem do Tua esteve em discussão pública até sexta-feira.