José Sócrates frisou que esta é uma altura “em que o país precisa, talvez mais do que nunca, de investimento”, referindo que este é um investimento privado promovido pelo Estado, que deve “liderar e indicar o caminho”.
As quatro barragens (Padroselos, Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) incluem-se no Plano Nacional de Barragens, lançado pelo Governo no final de 2007, e destinado a reduzir a dependência energética e a emissão de CO2. Os quase 1200 Megawatts de potência instalada fazem do complexo um dos maiores projectos hídricos europeus dos últimos 25 anos.
O contrato de adjudicação à Iberdrola foi confirmado na cerimónia realizada em Chaves, cidade próxima da localização do futuro complexo, com o qual se concluirá o desenvolvimento hidroeléctrico da Bacia do Douro.
Ignacio Galán, presidente da Iberdrola, contabilizou que “o investimento total será de 1700 milhões de euros, mas terá um impacto económico, uma criação de riqueza, de 5000 milhões de euros”.
A construção das quatro infra-estruturas deverá começar em 2012, estando prevista a sua entrada em funcionamento em 2018 e a exploração pela Iberdrola durante um período de 65 anos.
Estas novas centrais, as duas primeiras de bombagem (900 MW) e as outras duas de turbinação pura (234 MW), serão capazes de produzir cerca de 2000 gigawatts hora (GWh) ao ano, valor que representa três por cento do consumo eléctrico português e que será suficiente para responder ao consumo anual de aproximadamente um milhão de pessoas.