Embora a associação “congratule” os decisores políticos sobre a promoção da mobilidade dos cidadãos e a diminuição dos consumos energéticos, projetos como a requalificação da Avenida Carvalho Araújo ou a ciclovia de ligação da estação à UTAD não convencem os ambientalistas.
No que diz respeito à requalificação da avenida, a Quercus refere mesmo que “esse projeto muito dificilmente vai alcançar os objetivos pretendidos e que não vai refletir os eixos estratégicos e os objetivos do PEDU”, acrescentando que o corte das árvores, que está previsto, irá ter impactos negativos no meio ambiente.
“O corte de cerca de 40 árvores, com idades compreendidas entre os 15 e os 30 anos, […] irá ter impactes negativos no clima e noutros indicadores ambientais, o que é sustentado por estudos recentes que confirmam que teremos um aumento da temperatura do ar, com consequente aumento do uso de energia para arrefecimento das habitações, alterações no controlo da humidade do ar e aumento da poluição do ar”, lê-se no documento.
Além disso, a associação manifesta-se preocupada com a destruição dos canteiros existentes e a impermeabilização do solo que, no seu entender, “vão tornar a avenida mais exposta ao sol no verão, diminuindo a atratividade para o recreio e o convívio”. Por isso, a Quercus esclarece que a requalificação “deveria ser feita mantendo os mesmos materiais, as mesmas árvores e os mesmos espaços ajardinados, de forma nivelada e coerente com os objetivos”, salientando que a ausência de árvores, na avenida, “tornará impossível a permanência de pessoas no verão, quando as temperaturas são muito elevadas, pois após o corte das árvores não haverá sombras disponíveis durante muitos anos”.
CARTA ABERTA (NA ÍNTEGRA)