Aberta ao tráfego pedonal desde o mês de janeiro, a ponte metálica da Régua já está a ser uma mais-valia ao nível comercial, e é um ponto de atratividade no largo da Ponte e no lugar do Torrão, este já situado na margem oposta, no concelho de Lamego.
O comércio ligado à restauração é o mais beneficiado. “Aos fins de semana, quando o tempo ajuda, é uma autêntica romaria. Após os almoços, o movimento nos restaurantes diminuía, mas agora com a ponte reaberta não há mãos a medir no bar e isto tem mais animação”, contou, ao Nosso Jornal, um empregado de uma das unidades de restauração, situada no largo da Ponte. Na outra margem, o efeito também é bem positivo. “As pessoas vêm em passeio e depois procuram-nos para beber ou comer qualquer coisa. Ao domingo, centenas de pessoas passam na ponte restaurada”, sublinhou.
Recorde-se que, a obra de reabilitação, lançada pela EP, significou um investimento de cerca de 1,7 milhões de euros, e teve com principal objetivo a reabilitação e reforço dos encontros, dos pilares e de toda a estrutura metálica, bem como, a reposição das características originais da estrutura. Foi ainda eletrificada para ser colocada a iluminação decorativa.
A ponte foi projetada pelo engenheiro W. Liebe, adjudicada a Johann Gaspar Harkoort em janeiro de 1869 e inaugurada a 1 de dezembro de 1872. Desde 1949 que a circulação automóvel foi encerrada, altura em que foi substituída pela ponte de alvenaria construída entre 1925 e 1927 e que servia a EN 2 entre Régua e Lamego, anteriormente destinada ao caminho-de-ferro.