Uma pequena quantidade de sangue pode fazer a diferença, na vida de Fábio André, um vila-realense, de 11 anos, que procura um dador compatível, para o transplante de medula óssea, um procedimento que pode representar a cura para a doença que, desde Outubro de 2006, mudou a vida da família Ferreira.
“Trata-se de uma simples recolha de sangue. É como fazer uma análise”, sublinhou Cristina Ferreira, mãe de Fábio André, sobre a iniciativa que, a desenvolver depois de amanhã, na sede dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca, em Vila Real, tem como objectivo encontrar um dador compatível de medula óssea, para o jovem vila-realense.
Entre as 9 e as 17 horas, uma equipa do Centro de Histocompatibilidade do Norte deslocar-se-á ao quartel dos Bombeiros da Cruz Branca, para efectuar uma recolha que poderá ditar a diferença, na vida de Fábio André Ferreira, o rapaz, de 11 anos, que luta contra uma leucemia, “uma doença maligna, com origem nas células imaturas da medula óssea”.
A doença de Fábio André foi descoberta, em Outubro do ano passado, depois de uma operação às amígdalas. Depois de mais três tratamentos, para “atacar as células doentes”, o jovem vila-realense vai precisar de um transplante de medula. No entanto, Cristina Ferreira diz estar de “mãos e pés atados”, porque não tem família próxima, o que dificulta a procura de um dador.
“Tenho muito medo de não encontrar uma medula compatível com a do Fábio”, confessou a mãe, apelando à participação de todos, nesta “procura pela vida”.
Ter idade compreendida entre 18 e 45 anos e boa saúde são os requisitos iniciais para ser dador voluntário de medula óssea. Depois da doação de sangue, os dados serão guardados, numa base informática, e, segundo o Centro Nacional de Dadores de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE), “serão usados sempre que um doente nacional ou internacional seja proposto, para transplantação de medula óssea”.
A medula óssea é um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos. É nesse tecido que existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciar e darem origem a qualquer célula do sangue periférico. São as chamadas células estaminais.
Maria Meireles