Várias entidades durienses subscreveram, no dia 14, no âmbito da comemoração do oitavo aniversário da classificação do Douro como Património da Humanidade, a “Carta do Geoturismo da National Geographic Society”, um documento que vai reforçar a divulgação internacional da região, através, por exemplo, da promoção de roteiros turísticos na revista mensal da fundação internacional.
Considerada como “uma região cheia de possibilidades” por James Dion, responsável pelo Centro para os Destinos Sustentáveis da National Geographic, o objectivo da parceria é exactamente potenciar o crescimento da procura de turistas que apreciem, respeitem e divulguem as características distintivas dos sítios.
O mesmo responsável salientou que a estratégia de promoção da região deve mostrar “os sítios a visitar, as pessoas que devem ouvir e as experiências que podem ter”, destacando-se a produção vinícola, a cultura e a gastronomia como alguns dos aspectos mais importantes de um destino turístico visto já como “um dos mais autênticos em todo o mundo”.
Por outro lado, as várias entidades que entraram na parceria, entre elas a Entidade Regional de Turismo do Douro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N) e a Estrutura de Missão do Douro, comprometeram-se a cumprir um conjunto de princípios em prol da “conservação ambiental, cultural, estética do património e bem-estar dos residentes dos sítios abrangidos pela carta”.
Apesar das expectativas da região apontarem para um acréscimo até às 600 mil nas dormidas até 2015, ou seja quatro vezes mais do que acontece actualmente, James Dion sublinhou que é preciso, sobretudo, pensar no grupo de turistas que estão dispostos a investir para ficar a conhecer o Douro mais a fundo. “Num estudo realizado com americanos, provou-se que mais de 75 por cento dos turistas procuram destinos autênticos e que para isso estão dispostos a pagar mais”, exemplificou o representante da National Geographic.
“Há oito anos que a região tem o título e está comprovado que o rótulo não chega”, sublinhou Paulo Gomes, vice-presidente da CCDR-N, defendendo assim a necessidade de conseguir fazer com que “a sua grandiosidade seja reconhecida numa escala planetária”.
O mesmo responsável lembrou que apostar no Douro é “exibir o que este tem de melhor: a cultura, o património e o vinho” e é nesse sentido que se assinou a “Carta do Geoturismo da National Geographic Society”, uma iniciativa que “elevou a fasquia da cooperação internacional”.