Carlos Sequeira e Roy Kirby são os candidatos ao cargo de reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), cujas eleições estão agendadas para o dia 19.
A comissão eleitoral da UTAD, presidida por Francisco Seixas da Costa anunciou, num edital publicado no dia 28, que, num universo de oito candidaturas apresentadas, apenas duas foram aceites e irão agora a votos no seio do Conselho Geral da maior academia transmontana.
Carlos Sequeira assume, desde 2002, início do primeiro de dois mandatos de Armando Mascarenhas Ferreira, actual reitor da Universidade, a vice–reitoria para a Área do Planeamento, Instalações e Equipamentos.
Roy Kirby, natural da Inglaterra, fez o seu percurso académico na Universidade Católica, tendo sido professor auxiliar da área da Microbiologia Alimentar, na Escola Superior de Biotecnologia, assumindo actualmente o cargo de director europeu para a “Avaliação da Segurança (Humana e Ambiental) e Assuntos Regulatórios” da empresa S.C. Johnson.
Segundo o edital publicado pela Comissão Eleitoral, “as audições públicas dos candidatos, para a apresentação presencial dos curriculum vitae e do seu programa de acção, terão lugar no dia 18”, em local e hora ainda a definir, no entanto, on-line estão já as ideias dos dois candidatos no que diz respeito ao futuro da UTAD.
O candidato vila-realense defende que “preparar a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para o Século XXI é preciso, desde logo, concluir a instalação e a regulamentação funcional das unidades e dos órgãos previstos nos Estatutos, mas será, sobretudo, incrementar uma cultura de benchmarking numa instituição que se deverá definir, e que deverá ser reconhecida, nacional e internacionalmente, como universidade vocacionada para a investigação”.
“No limiar de uma nova década, uma visão prospectiva deverá direccionar a Universidade para: a participação na sociedade de conhecimento ou, de outro modo, na rede global de conhecimento e de ensino que integra universidades, institutos tecnológicos e empresariais, organizações não governamentais, associações profissionais; a abertura à internacionalização, ao multiculturalismo e à intervenção social; a manutenção da multidisciplinaridade indispensável à resolução de problemas de índole global – alterações climáticas e ambientais, cuidados de saúde, produção de bens alimentares, recursos hídricos; e a prossecução de abordagens inovadoras em todas as áreas de conhecimento”, sublinha ainda Carlos Sequeira, entre outros pressupostos.
Roy Kirby defende a necessidade de “criar uma única equipa unida por trás de uma estratégia clara, com metas atingíveis e bem comunicadas”, mas também adianta que a missão da UTAD deverá passar por “servir o País e a Região e tomar como objectivos fundamentais o ensino, a investigação, a extensão e a prestação de serviços à comunidade”.
O candidato inglês defende a existência de uma dinâmica “sim podemos” (analogia com o lema da campanha do presidente norte-americano, “Yes we can”), onde o foco da atenção deve estar “no cliente, na valorização das pessoas”.
Das oito candidaturas apresentadas, “seis não reuniam as condições que a Lei e o Regulamento consideram indispensáveis, pelo que foram rejeitadas pela Comissão Eleitoral”, sendo de sublinhar que a esses “candidatos rejeitados foi dado conhecimento dessa decisão, não tendo nenhum deles apresentado reclamação, no período previsto no Regulamento”.
De recordar que, esta será a primeira eleição para a reitoria depois da alteração dos estatutos da UTAD, destacando-se como principal novidade do processo o facto do sufrágio, que antes era decidido entre os membros da Assembleia da Universidade, ficar agora a cargo de um grupo mais restrito de pessoas que constituem o Conselho Geral, nomeadamente, 23 representantes dos estudantes, do corpo docente e não docente, onde se inclui ainda os seis membros cooptados.