“Nesta vindima, o processo de identificação já funcionou em pleno e permitiu-nos fazer toda a rastreabilidade dos associados que fazem parte da informação recolhida”, contou ao Nosso Jornal, José Bessa, enólogo das Caves de Murça.
O novo programa permite saber a que horas entregou o sócio as suas uvas, de que parcela ou talhão são, podemos conhecer qual a garrafa que foi enchida em determinado dia e quais as uvas que foram vinificadas para a produção daquele vinho.
A rastreabilidade dos vinhedos ainda não está completa. “Estamos a apurar isto cada vez mais, porém falta ainda um pouco, porque há vinhas que não foram seleccionadas”.
A área, a inclinação, produção, as castas, a composição do solo, a exposição, estão agora a ser incorporados numa base de dados, que funcionará como um autêntico “Bilhete de Identidade” das vinhas.
Segundo José Bessa, o novo método é complementado com outros procedimentos que têm sido adoptados, “em nome da optimização da qualidade dos produtos das Caves de Murça”. Nomeadamente, em todos os vinhos produzidos com a denominação de Origem Douro, com acompanhamento dos técnicos da adega junto dos viticultores, desde a poda até à colheita. “Os nossos técnicos andam constantemente no terreno aconselhando os produtores”.
Por fim, o enólogo deixou uma novidade. Em Dezembro, está previsto o lançamento de um espumante branco, nas categorias bruto e meio-seco, com uma aposta novamente na casta tinta roriz e vinificada em branco.