Na sua quinta edição, o Festival Músicas do Mundo vai trazer, à região transmontana, entre Junho e Agosto, doze espectáculos em que estarão representados nove países de três continentes. Se o tempo ajudar, a organização espera despertar “um espírito de curiosidade por diferentes identidades culturais” em perto de 10 mil pessoas, numa verdadeira montra da “World Music”.
O palco da quinta edição dos Concertos de Verão – Festival de Músicas do Mundo, do Teatro de Vila Real, vai ser inaugurado, no Sábado, dia 14, com a actuação do brasileiro Martinho da Vila, prevendo-se a realização de mais 11 concertos, até Agosto, entre os quais duas estreias de digressões nacionais e dois concertos únicos, em Portugal.
“Temos uma programação para agradar a toda a gente”, garante Vítor Nogueira, Director do Teatro de Vila Real, sublimando que, além de contar com o carácter tradicional de cada país, como a música popular brasileira e portuguesa, os estilos cubano e celta, o fado e o tango, por exemplo, os espectadores vão poder entrar em contacto com “projectos que fundem diversos estilos”, marcados “pelo cunho pessoal” de cada grupo ou artista.
Com um orçamento de “apenas 70 mil euros”, o mesmo responsável explicou que, se em alguns casos, foi possível o Teatro aliar-se a outras organizações, para dividir as despesas de deslocação das bandas, provenientes de nove países diferentes, houve, também, mais uma vez, o empenho em garantir à programação um toque de singularidade. Prova disso é a apresentação de dois concertos únicos em Portugal, dos holandeses “Bernie´s Lounge” (no dia 2 de Agosto) e dos irlandeses “Slâinte” (no dia 30, último Sábado do Festival).
Por outro lado, os Concertos de Verão da casa de espectáculos vila-realense vão ainda representar a estreia de duas digressões nacionais, mais exactamente da banda mexicana “Mariachi Tequilla” (no dia 21 de Junho) e dos brasileiros “Maracatú FM” (no terceiro Sábado de Julho).
O Director do Teatro explicou ainda que, apesar do orçamento “poder parecer modesto”, a qualidade dos grupos não é posta em causa, até porque, como sublinhou, “muitos grupos vêem no festival uma porta de entrada na Europa” e propõem “cachets” mais reduzidos.
“Estamos à espera de receber perto de 10 mil pessoas”, contabilizou Vítor Nogueira, recordando que, na edição do ano passado, foram registados oito mil espectadores, um número que ficou algo aquém das expectativas da organização e que se justifica devido às condições climatéricas, muitas vezes pouco propícias para espectáculos ao ar livre. Por isso, o Teatro de Vila Real sublinha que, caso o tempo não ajude, os espectáculos, se realizarão no Grande Auditório, sem, no entanto, perder o seu carácter gratuito.
Marcados para todos os Sábados, pelas 22.30 horas, no Auditório Exterior, no mês de Junho, para além de Martinho da Vila e dos “Mariachi Tequila”, o festival vai ainda fazer subir ao palco vila-realense os moçambicanos “Timbila Muzimba” (no dia 28).
Os Sábados de Julho, para além dos “Maracatú FM”, vão contar com os portugueses “Wok Ritmo Avassalador”, o brasileiro Siba e a Fuloresta (dia 12) e, finalmente, com os argentinos “Quinteto La Típica”.
“Bernies’s Lounge” trazem os ritmos holandeses, para abrir o mês de Agosto, deixando espaço para os sons cubanos, logo no Sábado seguinte, com a actuação de Juan de Dios. A Banda revelação portuguesa “Deolinda” actuará, no dia 19 do mesmo mês, e, uma semana depois, caberá aos espanhóis “La Serva Sur” animar o público transmontano.
O Festival terminará, então, no dia 30 de Agosto, com o concerto único, em Portugal, dos “Slâinte”.
Maria Meireles