Com o seu habitual espírito combativo, Gonçalves viria a efetuar uma primeira manga de altos e baixos. O arranque seria positivo com Rui a circular durante as primeiras voltas no 5º posto, mas à medida que a corrida se foi desenrolando, e com o muito calor que se fazia sentir no circuito, cerca de 32º C, a evolução do piloto luso era travada pela falta de ritmo e o desconforto provocado pelas dores intensas na perna e no polegar. Rui Gonçalves optava por não forçar o ritmo, terminando a primeira manga no 9º posto.
Na segunda manga do dia, Gonçalves seria mais consistente, mesmo sem puxar muito, conseguiria elevar o ritmo de corrida para se embrenhar na luta com os seus adversários mais diretos. No final desta manga, o piloto Honda subiria até ao 8º posto apesar das evidentes limitações em termos físicos.
Rui Gonçalves: “Sabia que este fim de semana iria ser duro. Tenho ainda uma grande dificuldade em curvar para o lado direito pelo facto de não poder tirar a perna por forma a controlar o equilíbrio na moto. Para piorar a situação, durante os treinos de sábado, aterrei fora da receção num salto e a mão saltou-me do guiador tendo ficado com o polegar preso, o que me provocou uma entorse neste dedo. No final do dia, o panorama era negro porque tinha pela frente uma corrida que se afigurava complicada e, ainda por cima, com duas lesões. Na primeira manga, andei demasiado tenso, por isso é que perdi algumas posições, mas para a segunda manga reuni com a equipa e mudei um pouco a abordagem da corrida. Na última corrida do dia, o calor era quase insuportável e embora tenha conseguido juntar-me ao grupo de pilotos que seguia logo à minha frente, decidi que era melhor ser consistente. Embora me sentisse bastante melhor em termos físicos, evitei riscos desnecessários para terminar esta manga em 8º. A partir de agora, tenho uma semana para tentar recuperar tendo em conta que o Grande Prémio do Brasil é já no próximo fim de semana”.
“Gostaria de, uma vez mais, voltar a agradecer a toda a equipa o magnífico trabalho que têm vindo a fazer e o forte apoio que me têm dado ao longo destas últimas semanas. Esta foi uma corrida complicada para eles também, por isso espero vir dar a volta por cima dentro em breve para lhes dar os resultados que eles merecem”.
Classificação GP do México: 1º Antonio Cairoli (ITA) 45pts, 2º Clement Desalle (BEL) 44pts, 3º David Philippaerts (ITA) 36pts, 4º Ken de Dycker (BEL) 36 pts, 5º Tanel Leok (EST) 30 pts… 9º Rui Gonçalves (POR) 25 pts.