Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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Rui Santos denuncia redução da segurança na A24

“Hoje é muito mais perigoso andar na A24 que há um mês, e isso é inaceitável”, alertou Rui Santos. IP explica as medidas com a rentabilização de equipamentos, ganhos ambientais e redução de custos

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O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, acusou, no dia 17, o Estado e a operadora Operscut de reduzirem a segurança na auto-estrada que liga Chaves a Viseu, fruto de uma renegociação do Contrato de Concessão.

Segundo a autarquia, que foi informada depois das medidas terem sido implementadas no terreno, graças ao novo contrato, a A24 perdeu “quase totalidade dos postos SOS ao longo do traçado” e a “iluminação em todos os nós de acesso e saída”, tendo ainda sido removidos “os painéis de informação de condições atmosféricas adversas”.

Entre as medidas aplicadas pela Operscut estão ainda a “redução dos limpa-neves para metade, passando de oito para quatro”, e do "patrulhamento de apoio a avarias e acidentes, passando de duas equipas para uma”.

“Essas medidas são absolutamente inaceitáveis. Tudo o que coloca em causa a segurança dos nossos concidadãos não pode ter preço”, defendeu Rui Santos.

“Os nossos concidadãos pagam bastante mais pelos mesmos serviços e agora percorrem estas estradas com muito menos segurança. Iremos até onde for preciso, independentemente da cor política do governo, para reivindicar que estas condições de segurança sejam imediatamente repostas”, garantiu ainda o autarca.

A autarquia recorda que “ao longo dos anos de operação da via, e fruto das medidas e procedimentos fundamentais no contexto da segurança, os resultados têm sido altamente positivos e expressivos”, destacando-se a “quase ausência de acidentes graves”, a “inexistência de vítimas mortais desde de 2013” e a “excelente performance do dispositivo de viabilidade invernal, comprovado pelos cinco últimos anos, em que esta infraestrutura não é encerrada devido a queda de neve ou formação de gelo”.

A Câmara vai assim questionar o Governo sobre as “razões de diferenciação negativa” de uma região que teve que esperar “largas dezenas de anos por infraestruturas fundamentais ao seu desenvolvimento” e que, “agora que as possui, tenha de pagar mais do que todos os outros pela sua utilização e não ter as mesmas condições de utilização de outras vias do resto do país com as mesmas características”.

Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) esclareceu cada um dos pontos denunciados pelo autarca, começando por explicar que a decisão de manter “apenas ligada a iluminação pública nos nós de interligação da A24 com a A7, com a A4 e com a A25, assim como nos túneis”, tem a ver com “critérios baseados no volume de tráfego e localização dos nós junto a meios urbanos ou em zonas de confluência com outras vias de alta prestação”. “Da experiência nas diversas autoestradas existentes em Portugal com nós de ligação sem iluminação, não se têm registado quaisquer implicações em termos de sinistralidade acrescida, o que permitiu adotar esta politica para as autoestradas de caráter rural, com tráfego muito reduzido, como é o caso da A24”, sublinhou a IP frisando os ganhos ao nível ambiental, como a “redução de dependência energética e das emissões de CO2”, e contabilizando uma poupança com a medida, “já implementa noutros países europeus, como Espanha, França e Alemanha”, na ordem dos 300 mil euros por ano.

Sobre os veículos de apoio e patrulhamento, foi esclarecido que “as carrinhas realizam os percursos de vigilância da autoestrada de quatro em quatro horas, em período diurno, sendo que em horário noturno (entre as 21h00 e as 7h00) o auxílio é prestado mediante solicitação ou deteção pelos meios automáticos”. “Lembramos que esta autoestrada dispõe de vigilância permanente 24h e os tuneis dispõe ainda de deteção automática de incidentes”, frisou a IP.

“Relativamente à questão dos limpa-neves, os meios existentes eram claramente desproporcionados estando estes veículos parados em cerca de 80 por cento do ano. Continuarão a existir, ainda assim, quatro viaturas na prestação do serviço de prevenção de gelo e limpeza de neve”, confirmou a empresa no mesmo comunicado.

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