Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Sede da Agência de Ecologia Urbana pronta até ao final do mês

Apesar da intervenção ter começado com o objectivo final de construir um Centro de Monitorização e Educação Ambiental, agora, o antigo edifício dos moinhos do Bairro dos Ferreiros vai transformar- -se na sede da Agência de Ecologia Urbana do Eixo Atlântico, um espaço, a inaugurar em Setembro, onde os 34 municípios, que compõe a “euroregião”, vão centrar políticas e debater projectos ao nível do ambiente.

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“Esta é a casa onde todos nós vamos trabalhar”, explicou Xoan Vasquez Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico dirigindo-se aos vários representantes das cidades que compõe a rede transfronteiriça e que marcaram presença, no dia 10, na assinatura do acordo de cooperação que permitirá a instalação da sede da Agência de Ecologia Urbana em Vila Real.

“A obra deverá ficar pronta no final deste mês e esperamos inaugurar em Setembro”, adiantou Manuel Martins, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, lembrando que o edifício que agora vai receber a Agência de Ecologia Urbana começou por ser alvo de intervenção através do Programa Polis, no entanto, a obra, destinada a ser um Centro de Monitorização e Educação Ambiental, conheceu alguns entraves burocráticos e acabou mesmo por parar.

Inicialmente orçada em mais de 400 mil euros, a construção será agora comparticipada por fundos comunitários, segundo uma candidatura já aprovada que prevê um orçamento total de 510 mil euros que consubstanciam a actividade da agência durante os próximos dois anos.

“A criação da Agência de Ecologia Urbana resulta da vontade comum e do imperativo estratégico de desenvolvimento de um conjunto de projectos que conduzam à harmonização e consolidação de políticas de desenvolvimento sustentado, no espaço da euroregião, em áreas como o ambiente e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”, explica a Associação do Eixo Atlântico.

Segundo Luís Ramos, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e membro da comissão científica da Agência, o objectivo é “apoiar as estratégias e gestão das questões ambientais” nos vários municípios, sendo de destacar algumas linhas essenciais de trabalho, nomeadamente a “formação de responsáveis políticos e técnicos das autarquias, a exposição das principais preocupações, a implementação das Agências 21 Locais e o sublinhar dos vários projectos que são comuns às várias cidades de modo a que se consigam mais-valias ao nível do financiamento”, entre outros.

A Agência de Ecologia Urbana será acompanhada cientificamente pela UTAD, pela Universidade de Vigo, pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Agência de Ecologia Urbana de Barcelona, uma das primeiras a ser criadas a nível europeu.

Apesar da sede se localizar em Vila Real, o organismo contará com mais dois pólos, um na eurocidade Chaves/Vigo, mais dedicado à formação, e um terceiro em Bragança que vai acompanhar mais de perto os municípios junto da fronteira.

“Esta é a primeira agência urbana transfronteiriça”, sublinhou o secretário-geral do Eixo Atlântico, referindo mesmo que o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular é a primeira euroregião que “está a construir sucessivos espaços comuns” transfronteiriços.

A sua localização em Vila Real, como explicou Xoan Vasquez Mao, foi aprovada por unanimidade, é “um dos pontos mais marcante da presidência de Luís Filipe Menezes”, autarca de Gaia, e representa o reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo município ao nível do ambiente, sendo ainda de destacar que actualmente é Miguel Esteves, vereador da Câmara Municipal vila-realense, que preside à Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Eixo Atlântico.

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