Esta foi uma das principais conclusões da primeira edição do seminário “Desafios do Acolhimento Residencial”, organizado pela Misericórdia de Lamego.
Com a presença de cerca de 60 participantes, sobretudo técnicos ligados à área da economia social, esta iniciativa integrou o Plano de Ação da Rede Social de Lamego e o programa de comemorações do 500º aniversário desta Santa Casa.
Ao longo do dia, um reputado leque de oradores, constituído por procuradores de juízos de família e menores, diretores de núcleos de infância e juventude e psicólogos clínicos e da saúde, para além de outros especialistas ligados ao setor social, abordou e tentou dar resposta às transformações que moldam a sociedade hoje em dia e que colocam “novos desafios e esperanças”, nomeadamente a evolução demográfica, o mercado de trabalho e o meio familiar. Alterações que exigem que as IPSS´s disponibilizem recursos humanos, cada vez mais, qualificados e heterogéneos.
Na opinião do provedor António Marques Luís, o seminário foi “uma ação extremamente importante”. “Este encontro foi dedicado a uma temática socialmente muito relevante, porque se trata de uma área de intervenção social, junto dos mais desfavorecidos e marginalizados da nossa sociedade, e os contributos recebidos nestas jornadas serão importantes para que a nossa instituição desempenhe cada vez melhor a sua nobre missão, através da recuperação e reinserção dos jovens na sociedade”, explica.
A Santa Casa da Misericórdia possui, no conjunto das suas respostas sociais, duas valências, particularmente ligadas à temática do acolhimento residencial debatida neste encontro. A primeira é a Casa de Acolhimento que recebe prioritariamente crianças maltratadas, abandonadas ou negligenciadas, e a segunda é o Centro de Acolhimento Temporário que proporciona neste momento a 19 jovens a satisfação das suas necessidades básicas em condições de vida tão aproximadas quanto possível às da estrutura familiar e os meios que contribuam para a sua valorização pessoal, social e profissional.