Desde de 2002 que o Serviço de Protecção da Natureza da GNR tem desenvolvido um importante trabalho na defesa dos interesses ambientais do distrito, sendo de registar que, só em 2006 foram registados mais de 400 serviços que resultaram em cerca de 212 mil euros em coimas. Para que possam desenvolver as suas funções em melhores condições, os militares do SEPNA vila-realense passaram a ter a sua sede no Parque Florestal. No âmbito da reestruturação das forças de segurança, também o comando de Vila Real vai precisar de “ampliação”, graças a um reforço de mais de 30 militares
A partir de sábado, o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Real vai passar, oficialmente, para as suas novas instalações, numa casa no Parque Florestal de Vila Real que foi cedida pela Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF).
“A proposta partiu da DGRF”, explicou o Tenente- -Coronel Fernandes, responsável pelo Comando vila-realense que, depois de um conjunto de obras que contou com o apoio de entidades como a própria Direcção-Geral, Autarquia, Governo Civil e Bombeiros de Vila Real, pôde transferir os 38 elementos que constituem o SEPNA para um espaço com melhores condições.
Um número que deverá crescer, em breve, já que, segundo o mesmo responsável, no âmbito da reestruturação da GNR, deverá ser destacada, para Vila Real, uma equipa de Protecção de Natureza de Zona Específica, que, com o trabalho de “três ou quatro homens”, terá como principal área de actuação o Parque Natural do Alvão.
“Estamos ansiosos para que essa reestruturação passe, realmente, para a prática”, sublinhou o Tenente-Coronel, adiantando, apenas, que deverá haver um reforço maior da GNR do distrito vila-realense, embora ainda não se saibam os números, em concreto.
António Martinho, Governador Civil de Vila Real, revelou que, com a já referida reestruturação das forças de segurança, mais de 300 militares da GNR serão distribuídos pelos distritos do interior norte do país, devendo ser deslocados, para Vila Real, entre 30 a 35 militares. A mobilidade dos elementos para o Comando vila-realense “vai exigir a realização de obras de ampliação do actual quartel, situado no antigo Convento de São Francisco”, sublinhou o mesmo responsável político.
Relativamente ao SEPNA, no distrito existem 14 guardas, inseridos neste serviço que, desde Fevereiro do ano passado, integrou os 78 guardas-florestais que, antes, pertenciam às brigadas da DGRF.
Para além de um intenso trabalho de informação e do desenvolvimento de várias campanhas de sensibilização, junto da população, o SEPNA é responsável por várias acções de fiscalização, em todo o distrito, sendo de realçar que, em 2006, foram registadas mais de quatro centenas de serviços que resultaram na atribuição de coimas, num total de mais de 212 mil euros. No primeiro trimestre de 2007, foi registada mais de uma centena de serviços e passadas multas que rondaram os cem mil euros.
Para além de actuar em caso de lixeiras ilegais, na investigação de incêndios florestais, na fiscalização de oficinas, armazéns e estaleiros, na análise da qualidade das águas e na fiscalização sobre a comercialização de espécies animais protegidas, intervém em variadíssimas áreas relacionadas com a protecção do Ambiente.
“Tem que haver consciência colectiva, sobre as questões ambientais”, recordou o Comandante, referindo que “a protecção da Natureza deve ser uma função de todos nós”.
As novas instalações do SEPNA serão inauguradas, no dia 21, sábado, pelo Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, José Magalhães.
Maria Meireles