Para isso, os parlamentares emitiram duas solicitações, apelando ao “empenho” da União Europeia e da região espanhola, Castela e Leão, de forma a que no próximo quadro de financiamento (2020-2030) seja possível inserir projetos em estradas no valor de 10 a 75 milhões de euros, os quais estes consideram “urgentes” para o desenvolvimento da região.
Em comunicado, Ascenso Simões atribui a culpa ao anterior Governo, liderado pela direita portuguesa, PSD/CDS-PP, por na negociação do quadro europeu 2020 ter “eliminado a possibilidade de se inserirem investimentos em estradas, levando a que a União Europeia consolidasse a regra de inegabilidade para a rodovia”.
Neste sentido, os socialistas pretendem, assim, “esclarecer essa regra”, de maneira a que se possa iniciar o planeamento e a construção daquele que será o próximo quadro comunitário.
Com todos os trâmites resolvidos, Ascenso Simões e Francisco Rocha explicam, no documento, que vias rodoviárias como a ligação Montalegre/Chaves/Valpaços; ligação de Boticas e Pedras Salgadas à A24; ligação da A4 à A24 pelo Douro; ligação de Mondim de Basto à A7; e ligação da A24 (Vila Pouca de Aguiar) à A4 (Murça), possam ser incluídas no plano.
Além disso, também no que diz respeito à via ferrovia, os deputados solicitam o “empenho” da junta de Castela e Leão para transformar, neste caso, a Linha do Douro numa “via europeia relevante”.
“Até agora não se verificou qualquer posição da Junta de Castela”, lê-se no documento, no qual Ascenso Simões acrescenta que cabe a esta entidade “a primeira decisão sobre as opções estratégicas de investimento”, pelo que “está a impedir uma decisão que possibilite a avaliação criteriosa do investimento”.
Por cá, em Portugal, os mesmos anunciam que o Governo está a fazer o seu papel, uma vez que já anunciou proceder à eletrificação da Linha do Douro até ao Peso da Régua e Pinhão, Alijó.