Domingo, 1 de Dezembro de 2024
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Solidariedade faz-se de boa vontade e poucos recursos

“As instituições de solidariedade confiam no conhecimento profundo e esclarecido na compreensão e sensibilidade do senhor Ministro para ajudar a resolver o problema da sustentabilidade que atualmente se coloca às instituições, contribuindo, assim, para que estas continuem a desenvolver a suas causas solidárias junto das suas populações.”

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Foi assim que o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) de Vila Real, Manuel Borges Machado, se dirigiu ao Ministro da Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, dando conta das dificuldades que as instituições enfrentam no dia a dia.
“Sem querer dizer que somos felizes neste trabalho diário, que somos, o nosso trabalho faz-se de visitas carinhosas e afáveis a quem habita em lugares mas isolados e sozinhos, sendo necessário percorrer longos e sinuosos percursos. Assim, as IPSS’s vêm-se confrontadas com o desgaste acrescido das viaturas, um maior dispêndio de tempo, mas também com o elevado consumo de combustível que às vezes se deve a servir apenas um único utente”, exemplificou, dando conta que o território vila-realense tem características singulares, o que aumenta a despesa em deslocações e manutenções.
“Acresce também a enorme dificuldade em fazer transferir parte dos valores dos acordos de cooperação que cessam para os acórdãos sociais deficitários, nomeadamente para o serviço de apoio domiciliário, centro de dia ou mesmo residencial para pessoas idosas”, disse, reforçando que “a sustentabilidade das instituições do distrito estão, assim, em causa, fruto das questões atrás elencadas, a que acresce o enorme gasto de energia e eletricidade e aquecimento dos equipamentos”.
Também a diminuição de utentes nas áreas creches, jardins de e juventude foram lembradas por serem uma realidade, o que significa menores rendimentos para as instituições.
Por sua vez, e perante as largas dezenas de utentes e colaboradores das IPSS’s de Vila Real que marcaram presença na Praça do Município para acompanhar a chegada da Chama da Solidariedade à cidade, o ministro frisou que “sabemos que as instituições enfrentam dificuldades e que o futuro coloca interrogações”.
“Continuaremos a trabalhar para reforçar as condições de sustentabilidade, para criar instrumentos de apoio que mais problemas defrontam, mas tudo isso seria pouco se não pudéssemos contar com a vossa disponibilidade, com o vosso compromisso, com a vossa decisão de se colocarem ao serviço de uma comunidade mais justa e de um país mais feliz e mais próspero”, disse, dando uma palavra de apresso aos colaboradores e funcionários que diariamente trabalham em prol do bom comum. 
Minutos antes da subida ao palco de várias entidades de relevância social e institucional de Vila Real, decorreu uma cerimónia de transporte da Chama da Solidariedade ao longo da Avenida Carvalho Araújo até à Praça do Município, uma chama que “é o símbolo da ação solidária que, diariamente, as Instituições de cariz social praticam sem recompensa nem apego”, como descrito no folheto referente à XIII festa da solidariedade.

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