Manuel Martins, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, adiantou, no dia 19, depois de uma reunião com a Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que a autarquia está aberta a comparticipar, em 60 por cento, a instalação de um sistema de GPS ligado às autoridades para os taxistas do concelho.
A reunião surgiu na sequência do sentimento de insegurança que se instalou entre os taxistas do município depois de um profissional ter desaparecido (encontrando–se, desde o dia 11, e até a hora de fecho desta edição, em parte incerta) e um outro ter sido roubado e sequestrado.
Os taxistas reivindicaram assim o apoio financeiro da autarquia para a instalação nas suas viaturas de equipamentos de GPS directamente ligados às autoridades, Polícia de Segurança Pública ou Guarda Nacional Republicana, um sistema orçado em mais de mil euros. “O GPS dá-nos a garantia que, ao serem confrontados com qualquer sinal de perigo, os nossos colegas podem accionar o sistema e ser localizados facilmente pelas forças de segurança”, explicou José Pimentel, dirigente distrital da ANTRAL, referindo mesmo que o GPS, “nas grandes cidades, é já o mais recomendado para um táxi seguro”.
O dirigente sindical classificou o distrito como “uma grande área metropolitana” com uma vasta área geográfica, concelhos muito próximos uns dos outros e alguns com zona de fronteira com a vizinha Espanha.
“A proposta parece-me bastante razoável”, revelou Manuel Martins, adiantando que espera que a ANTRAL oficialize o pedido para proceder a dotação do apoio.
José Pimental referiu que a autarquia de Chaves já acedeu ao pedido dos taxistas e irá apoiar, também em 60 por cento, a aquisição e instalação dos aparelhos, no entanto, a ANTRAL vai continuar a reunir com autarquias do distrito, nomeadamente a da Régua, junto ao rio Douro, e as dos municípios junto à fronteira com Espanha, como Montalegre ou Valpaços, no sentido de também conseguirem o apoio financeiro.
No total, existem no distrito cerca de 460 taxistas dos quais 74 trabalham na capital e 66 em Chaves.
Lembrando que os taxistas “lidam com os estratos sociais mais precários”, José Pimental classificou a profissão como de “alto risco” e sublinhou a urgência de alterar um Código Penal que “beneficia o criminoso”.
De recordar que, à hora de fecho desta edição, continuava desaparecido o taxista de 69 anos, Armindo dos Santos Ribeiro, tendo sido no entanto finalizada a busca intensiva que durante vários dias mobilizou dezenas de agentes da PSP, GNR e Polícia Judiciária.