“Violência? Não Obrigado”. Este é o tema que cerca de 150 alunos de escolas do concelho de Vila Real vão trabalhar utilizando a criação artística como forma de expressão das suas experiências e análise sobre a problemática.
O projeto, que arrancou no dia 9, na Escola Camilo Castelo Branco, resulta da estratégia política da Câmara Municipal de “educar para a cidadania” e conta com a parceria da companhia Urze Teatro e o apoio da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e do Rotary Club de Vila Real.
Várias equipas, que incluirão professores, vão trabalhar diretamente com os alunos e, como explicou Fábio Timor, diretor da Urze, impulsioná-los “a idealizar e criar obras artísticas, quer seja no campo do teatro quer noutras áreas como as artes plásticas, a poesia ou o cinema”.
O mesmo responsável sublinhou a excelente recetividade por parte das escolas e mostrou a expectativa de que mais parceiros se juntem ao projeto. Pretendemos que o tema da violência passe a ser discutido e que consigamos exigir, enquanto cidadãos, respostas claras para este problema”.
Eugénia Almeida, vereadora da Câmara Municipal de Vila Real, confirmou que o “objetivo central” passa pela “abordagem e sensibilização junto da comunidade juvenil para os problemas da violência, nas suas diferentes formas”, nomeadamente “a violência contra as mulheres, o bullying, a discriminação exercida pela orientação sexual, entre outras”.
Este projeto traz “uma nova forma de abordagem, a uma forma diferente de sensibilização” que pretende “cativar o interesse dos jovens diretamente envolvidos”, mas também os seus pares e famílias, adiantou a mesma responsável da autarquia.
A primeira sessão decorreu no dia 9 e a intervenção nas escolas prolonga-se até ao final de abril, altura em que os projetos vão subir ao palco e sair às ruas.
“Violência? Não Obrigado” foi apoiado com uma verba de 2.500 euros da Fundação Rotária Portuguesa, através de um projeto apresentado pelo Rotary Clube de Vila Real. “Esta candidatura foi aprovada com a nota máxima por que se trata de uma temática muito importante”, explicou Domingos Madeira Pinto, presidente do clube vila-realense.