“O Teatro Vila Real procura assegurar neste período singular, para a cidade e para a região, momentos significativos de cultura e arte que nos liguem ao mundo e nos inspirem a resistir e a partilhar”, afirmou hoje, em conferência de imprensa, o presidente da câmara, Rui Santos.
O equipamento cultural suspendeu a atividade em março e retomou-a em julho, com um ciclo de espetáculos de verão, ao ar livre. Para este sábado está marcado o regresso da programação de auditório, com a pré-apresentação do novo disco de Mário Laginha, com o seu trio.
A vereadora do pelouro da cultura, Eugénia Almeida, destacou o investimento do município na aquisição de equipamentos, como máquinas vaporizadoras, para a “desinfeção geral dos dois auditórios e para dar confiança ao público”.
A programação para o último trimestre de 2020 reagenda alguns dos espetáculos cancelados no período de confinamento (os restantes ocorrerão em 2021) e inclui quatro peças de teatro, oito concertos de diferentes géneros musicais (do jazz ao fado, passando pela música moderna portuguesa e a música clássica ou contemporânea), um espetáculo de dança e um momento de “stand up comedy”.
Esta temporada inclui ainda quatro produções transdisciplinares, que cruzam vários géneros artísticos e nove sessões de cinema, para além da semana dedicado às curtas do Festival Internacional de Imagem de Natureza (FIIN).
Foram incluídas no programa cinco estreias nacionais: “Je Ne Sais Quoi”, de Ángel Fragua, uma nova criação da companhia Visões Úteis em coprodução com os teatros de Vila Real e São João, estreada internacionalmente na Bélgica.
Há ainda uma nova criação original do Oniros Ensemble, patrocinada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), e “Lacrimae”, uma criação do Ensemble Joseph Hel com apresentação única em Portugal, num projeto da Fundação da Casa de Mateus.
Pelos palcos transmontanos vão passar ainda artistas como Aldina Duarte, Cristina Branco, Noiserv, André Henriques (vocalista dos Linda Martini), Pedro Tochas e companhias como Ensemble, Chapitô, Visões Úteis, Limite Zero e Companhia de Dança de Almada.
O diretor do teatro, Rui Araújo, realçou que a principal preocupação é a segurança do público, artistas e trabalhadores. Quanto à programação "traduz-se numa ligeira redução” na quantidade de espetáculos, para ser garantida a desinfeção e higienização dos espaços entre cada evento.
O plano de contingência foi atualizado para esta nova fase, com a lotação dos auditórios a ser reduzida para cerca de metade, 243 no grande auditório e 63 no pequeno.