Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Teatro investiu 15 euros por cada espectador em 2009

Mantendo-se na linha da frente no que diz respeito às casas de espectáculo do país com maior taxa de ocupação, o Teatro de Vila Real volta a apresentar estatísticas que devem ser motivo de orgulho para o Município e para a Região. Mais de 280 mil visitantes e 65 mil espectadores, em 420 espectáculos que contaram com uma média ocupação de 89 por cento, são alguns dos dados revelados pela direcção da infra-estrutura cultural que, este ano, quer manter a qualidade com a particularidade de, pela primeira vez, poder contar com o apoio financeiro do Estado.

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“Numa altura de contenção, conseguimos manter a qualidade, aumentar o número de espectáculos e gastar menos dinheiro”, explicou, ao Nosso Jornal, Vítor Nogueira, director do Teatro de Vila Real, sobre as estatísticas de 2009 que, em breve, e como é habitual, serão lançadas em mais uma edição da “Revista do Ano”.

Além de focar os números que indicam que o Teatro de Vila Real continua na liderança do ranking dos teatros portugueses com melhor média de ocupação de salas, 89,4 por cento, o mesmo responsável sublinhou o facto de 2009 ter sido especialmente importante no que concerne ao seu impacto a nível nacional, tendo em conta, não só as seis estreias nacionais e os sete espectáculos únicos em Portugal para os quais serviu de palco, mas também, o facto das duas co-produções em que esteve envolvido (com a companhia de teatro Peripécia) terem merecido um mês na programação no Teatro Nacional D. Maria Segunda. “Do ponto de vista artístico foi um ano de grande visibilidade”, explicou Vítor Nogueira.

Entre as estatísticas a sublinhar, o director do Teatro revelou que os 420 espectáculos realizados, somaram uma assistência de mais de 65 mil pessoas, o que representa, relativamente ao seu orçamento global de um milhão de euros, um investimento de cerca de 15 euros por espectador.

“Eu próprio pensei que ao fim de um ano de actividade os números iriam começar a decrescer, o que não aconteceu”, explicou Vítor Nogueira, lembrando que na receita para o sucesso entram vários ingredientes, entre os quais uma equipa motivada e dedicada, a aposta da autarquia na cultura e a polivalência do próprio edifício.

Outros dos dados de 2009, que se destacam no balanço anual, são referentes ao Museu do Som e da Imagem, que recebeu perto de 21 mil visitantes, e das várias exposições realizadas, que foram apreciadas por mais de 57 mil pessoas.

Para o ano de 2010, Vítor Nogueira prevê um investimento idêntico ao do ano passado com uma particularidade, o facto de, pela primeira vez, nos seus seis anos de existência, o Teatro poder contar com a comparticipação de fundos comunitários na sua programação. “Temos candidaturas aprovadas que vão aliviar o esforço financeiro da câmara”, explicou o director da casa de espectáculos, revelando que os festivais de Ano Novo, Vinte e Sete, Músicas do Mundo (Concertos de Verão) e Douro Jazz, vão ter uma comparticipação nas suas edições dos próximos três anos graças ao Programa Articular, uma candidatura apresentada pela autarquia e que vai injectar, em várias sectores, nos mais diversos projectos, mais de dez milhões de euros de fundos comunitários.

Vítor Nogueira lembrou que, também através do Programa Articular, será possível dar início à criação da Residência de Artistas, um espaço que vai nascer no Bairro dos Ferreiros e que vai permitir a realização de mais projectos de colaboração em residência artística em Vila Real. “O objectivo é promover a criação artística na região, é ter mais condições para que, em co-produção, possam nascer aqui espectáculos que depois poderão circular pelo país”, explicou.

No que diz respeito à programação do primeiro trimestre deste ano, de sublinhar a realização do festival de Ano Novo, que decorre até ao final do mês, e no âmbito do qual a população poderá assistir, já no próximo sábado, no pequeno auditório, a actuação da pianista coreana Young-Choon Park.

Da agenda, de destacar ainda os concertos de Rodrigo Leão e Ana Moura, nos dias 13 de Fevereiro e 6 de Março, respectivamente, e o espectáculo de teatro “Otelo”, do dramaturgo inglês William Shakespeare e interpretado pela Companhia de Teatro do Bolhão, que, marcado para o Dia Mundial do Teatro, dia 27 de Março, vai dar o pontapé de saída ao Festival Internacional “Vinte e Sete”.

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