Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Terminou o Sínodo dos Bispos do Médio Oriente

Desde o dia 10 ao dia 24 de Outubro decorreu em Roma o «Sínodo dos Bispos do Médio Oriente», uma assembleia de bispos reunidos em Roma com o Santo Padre para estudar a situação da Igreja naquela área geográfica.

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Os cristãos aquela área situada em redor da terra onde nasceu Jesus e se criou muito cedo uma vastíssima comunidade cristã, dividida por várias dioceses com bispos famosos que se impuseram pela sua cultura teológica e acção pastoral, muitos deles canonizados, correm hoje o perigo de desaparecer por causa das guerras sistemáticas entre árabes e judeus, e também pela perseguição de alguns grupos muçulmanos.

De facto, é uma região complexa. Desde muito cedo que se criaram ali (Grécia, Turquia, Chipre, Malta, Israel, Jordânia, Síria) divisões profundas entre os cristãos, dando origem aos católicos de vários ritos, ortodoxos, arménios, agravadas depois pela expansão violenta do Islamismo, com alguns grupos em luta contra Israel. De tudo isto resulta que os cristãos fogem das suas terras e vários bispos acabam por não contactarem uns com os outros.

O Islamismo, ao unir no seu credo a actividade política com a religião, justificando assim a «guerra santa», torna difícil o diálogo, custando-lhes a entender a vida dos cristãos ao confundirem «política ocidental e norte americana» com Igreja Católica. Acresce ainda que muitos cristãos de origem árabe que vivem em Israel são solicitados pelos grupos islâmicos a unirem-se a eles na luta contra os Judeus, identificando a dimensão cultural e geográfica (árabe) com a dimensão religiosa (Islamismo).

O Santo Padre Bento XVI tem procurado desde o início do seu governo estabelecer contactos sérios com as autoridades muçulmanas, judaicas e igrejas cristãs locais. Para isso fez várias viagens ao Médio Oriente: Síria, Israel., Turquia, Territórios palestinianos, Chipre e Malta. Para além de velhas feridas, sente a necessidade de uma mudança cultural que faça a separação da terra, raça e religião; e distinga a responsabilidade política e responsabilidade religiosa.

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