“Os maus resultados levaram o clube a decidir pela sua saída”, confirmou, ao Nosso Jornal, Henrique Monteiro referindo que, até se encontrar um novo técnico, a equipa será orientada pelo treinador adjunto Pedro Feitais.
O dirigente associativo não adianta uma data ou qualquer possibilidade relativamente ao próximo treinador, sendo de recordar que na época anterior, altura em que a equipa marcou a subida de escalão, os atletas do clube universitário foram treinados por António Aires, agora técnico do Chaves Futsal.
De recordar ainda que esta é a segunda vez que o clube dispensa os serviços de Edinho, o treinador que, na época 2007/2008, ‘assinou’ a descida de divisão da AAUTAD/Realfut.
O encontro do último sábado, frente o Onze Unidos, foi também o último em que Daniel Azevedo, reforço contratado pela equipa na época desportiva anterior, vestiu as cores do clube de Vila Real. Segundo Henrique Monteiro, o atleta aceitou uma proposta de um clube italiano.
A semana passada representou mais ‘baixas’ no plantel da equipa universitária, com o regresso, na terça-feira, de Guilherme, e, na quarta-feira, de Matheus ao Brasil. “Pagamos o certificado internacional, não sei o que aconteceu na confederação brasileira”, mas a situação nunca ficou oficialmente resolvida, explicou Henrique Monteiro relativamente ao caso de Guilherme que, nos dois meses que esteve no clube, não chegou a entrar em campo.
Já no que diz respeito ao segundo brasileiro, Matheus, o presidente do clube dá outra justificação ao explicar que a direcção decidiu pela sua rescisão devido a “atitudes menos dignas” que o jogador teve durante o encontro da Taça de Portugal, em que a equipa foi eliminada. “Temos sempre a porta aberta para quem quer entrar e jogar, mas também para quem merece sair”, frisou Henrique Monteiro.
Matheus regressou ao Brasil no dia 18, mas não sem antes relatar ao Nosso Jornal uma versão diferente sobre a sua saída. Segundo o jogador, a atitude referida pela direcção da equipa teve uma interpretação errada. “Não saí do banco por iniciativa minha”, garante o atleta, recordando que, em protesto com o treinador pelo facto de ter saído do jogo poucos minutos depois de ter entrado, disse: “para mim o jogo acabou”. “Nessa altura mandaram-me para o balneário e eu fui”, sublinhou Matheus que acabou por ser interrompido por outros colegas de equipa, ficando assim no banco até ao final do encontro.
“Depois trataram-me abaixo de cão, dizendo mesmo que podia arranjar boleia que não voltaria para Vila Real com o resto da equipa”, relata o jogador, garantindo que tal não aconteceu graças à intervenção dos restantes colegas de equipa.
Horas antes do regresso ao Brasil, Matheus fez um balanço negativo da experiência, relatando-a como “uma completa desilusão”. “Antes de vir, o treinador deu-me garantias e fez promessas que não foram cumpridas”, lamentou o atleta brasileiro que revela que a principal problemática sentida foi o atraso no pagamento do salário, cujos dois últimos meses, como o próprio testemunhou ao Nosso Jornal, foi pago, e não na íntegra, a poucas horas do voo de regresso ao Brasil.
Sobre o atraso nos pagamentos aos jogadores, Henrique Monteiro não fez qualquer comentário, mas, em relação às atitudes do jogador em causa, o dirigente do clube foi bastante severo, referindo mesmo que a equipa “não precisa de pessoas dessas” e que o clube, enquanto AAUTAD/Realfut, “nunca ficou a dever nada a ninguém”.
Apesar da saída dos três jogadores, o mesmo responsável garante que, por questões financeiras, o clube transmontano não deverá fazer novas contratações, pelo menos “para já”.