Domingo, 8 de Dezembro de 2024
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Três mil árvores para recuperar áreas ardidas do Alvão

Numa primeira fase da iniciativa foram plantadas 1500 árvores, no entanto, o projecto da autarquia, em colaboração com várias outras entidades, ainda vai duplicar esse número. Já no dia 26 gerentes e funcionários de agências de todo o país do Banco Montepio Geral, parceiro do iniciativa, vão “arregaçar as mangas” e dar o seu contributo na reflorestação do Parque Natural do Alvão.

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Os alunos do curso de Educação e Formação de Operadores Florestais, nível II, da Escola Básica 2, 3 Diogo Cão, completaram, na segunda-feira, a plantação de 1500 árvores, metade do total que a autarquia, em colaboração com a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) e uma entidade bancária patrocinadora, vão repor no Parque Natural do Alvão, em Vila Real.

Em cinco dias dedicados à actividade, os estudantes plantaram cerca de 300 árvores por dia na zona da linha de água da Ribeira do Marquês, junto às Muas, no coração do parque vila-realense.

“Antes essa zona era preenchida com pinheiro bravo”, recordou Álvaro Ribeiro, da Protecção Civil da Câmara Municipal de Vila Real, explicando que, em 2005, um incêndio de grandes dimensões acabou por devastar a área. Para evitar que um incidente idêntico tome as mesmas proporções, foram plantadas agora espécies folhosas, como bétulas, freixos e carvalhos.

António Ribeiro, 16 anos, foi um dos estudantes que, só na última segunda-feira, plantou no PNAl 70 novas árvores. “Este é um trabalho que vai ficar com o nosso nome, com o nosso registo”, frisou o jovem estudante mostrando-se entusiasmado com o trabalho de reflorestação.

Satisfeito com a opção de ter ingressado no curso da Diogo Cão, António Ribeiro explicou que “é um benefício poder completar o nono ano de escolaridade e ao mesmo ter uma especialização” e refere que, cada vez mais, considera a possibilidade de seguir os estudos na área florestal, ou, se surgir entretanto a oportunidade, trabalhar numa equipa de sapadores.

“Este trabalho é apenas uma pequena parte do programa do curso”, revelou Nuno Carvalhal, um dos professores responsáveis pelo Curso, enumerando ainda outras colaborações dos alunos, por exemplo, com o PNAl, na limpeza de matas.

A completar o nível dois do curso, os alunos estão prestes a fazer um primeiro estágio de duas semanas, ficando para Julho o estágio final de mais quatro semanas, referiu o docente, deixando um repto à autarquia: “numa altura em que se fala na constituição de novas equipas de sapadores florestais, não se esqueçam destes jovens, dêem prioridade à quem tem formação na área”.

Nuno Carvalhal adiantou ainda que, na próxima segunda-feira, os alunos vão estar no Largo Camões, em Vila Real, para presentear a população com centenas de plantas que constituem o viveiro desenvolvido pelos alunos no âmbito do curso.

Mas a iniciativa autárquica de reflorestação do Parque Natural é mais extensa e prevê a plantação de mais 1500 árvores. “Temos que reagir” aos atentados às florestas e ao ambiente, defendeu Domingos Madeira Pinto, vereador da Câmara Municipal de Vila Real, revelando que as restantes espécies serão plantadas através de outros protocolos, com outras entidades.

Uma das actividades que vai marcar este esforço de fazer renascer áreas ardidas do PNAl vai acontecer já no dia 26, altura em que mais de meia centena de funcionários e gerentes do Banco Montepio Geral, patrocinador do projecto, irão deslocar-se à área protegida para plantar mais algumas árvores.

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