A patente está registada em nome da UTAD, sendo a concessão atribuída à Cooperativa de Olivicultores durante cinco anos, mas com a opção de continuidade.
As peletes serão derivadas do aproveitamento do bagaço da extracção do azeite, sendo a este depois adicionado o pó de cortiça. Este, por si, permitirá retirar a humidade e tornar mais consistente o produto final e enriquecendo também o seu poder calorífero. Este projecto tem a colaboração da UTAD, através do professor João Claro, sendo considerado um empreendimento inovador e interessante para as instituições envolvidas, como nos referiu o director da Cooperativa de Olivicultores, Alfredo Meireles. “Podemos tratar, aproveitar e reutilizar um resíduo natural, onde está sempre salvaguardada a componente ambiental”.
Para a implantação da unidade de produção de peletes, será necessário executar algumas obras e adquirir equipamentos, ao mesmo tempo que se irá proceder à cobertura dos tanques de recepção do bagaço de azeitona. Anualmente e numa primeira fase, espera-se uma produção média de 100 toneladas de peletes, havendo ainda a expectativa de alargar o projecto a outras unidades de produção de azeite de Trás-os-Montes, mas sendo a Cooperativa a “instituição chapéu” da iniciativa.
As peletes são úteis para todo o tipo de caldeiras. É um combustível natural e mais barato do que os que se utilizam habitualmente, como a lenha, o gasóleo ou o gás e custa um terço do valor do gasóleo de aquecimento.
Esta cooperativa tem cerca de 1000 cooperantes, mas muitos são pequenos produtores. Nos bons anos de produção atinge 350 a 400 toneladas de azeitona e a média anual de litros de azeite ronda os 300 mil.
Se tudo correr dentro do esperado, a unidade de fabrico de peletes de bagaço de azeitona poderá começar a laborar já na safra de 2010.