“Até ao fim do mês iremos passar a urgência actual para os pavilhões e começar as obras em força”, garantiu, ao Nosso Jornal, Carlos Vaz, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), sobre a intervenção que vai permitir uma ampliação e “remodelação do serviço de urgência, bem como a criação de uma nova unidade de cuidados intensivos polivalentes coronários intermédios”.
Segundo o mesmo responsável, a obra, orçada em mais de seis milhões de euros, vai aumentar a dimensão das urgências de 1000 para 1600 metros quadrados e garantir, não só “melhores circuitos para doentes, melhores condições para os médicos e mais conforto para os acompanhantes”, mas também um aumento da capacidade de atendimento que actualmente é de 230 utentes diários.
Durante o ano e meio em que decorrerão as obras da urgência, o serviço vai passar para um conjunto de pavilhões pré-fabricados que já estão instalados junto ao heliporto, no entanto Carlos Vaz deixa a certeza de que o espaço temporário, para além de ter uma dimensão 50 por cento superior à das actuais instalações, reúne “as melhores condições para atender a população”.
“Com a transformação do Centro Hospitalar e o facto de termos passado a hospital central e polivalente alargamos fortemente a nossa zona de influência, por isso, agora temos doentes de toda a região, desde o Douro Sul até Bragança, e mesmo da zona de Amarante”, revelou o presidente do conselho de administração, adiantando que as obras têm exactamente como objectivo, para além de modernizar o serviço, preparar as instalações para um futuro acréscimo no número de atendimentos.
Carlos Vaz confirmou ainda que outra das obras que deverá começar “dentro de dias” é a construção de mais um andar no edifício principal do Hospital de São Pedro, um novo espaço que vai receber o serviço de doenças infecto-contagiosas. “Do Marão para cima não há nenhuma unidade que tenha este tipo de serviço”, explicou o mesmo responsável, revelando que o novo serviço, que vai contar com 24 camas de internamento, terá a “tecnologia mais moderna de modo a que os isolamentos sejam feitos efectivamente”.
O terceiro grande projecto previsto para a unidade vila-realense é a construção de raiz de um novo edifício de quatro andares, que vai receber “os serviços da pediatria, pneumologia, pediatria, neurologia, nefrologia, diálise e consulta externa”. “A obra deverá começar em 2010 e ficar pronta dentro de dois anos”, antevê o responsável pelo CHTMAD sobre o investimento orçado em 15 milhões de euros.
Com cerca de um ano de actividade, também o Centro Oncológico será alvo de um grande investimento, desta vez com a aquisição de um novo equipamento, “um acelerador linear para tratamentos de radioterapia”. “Dada a procura, vamos ter que fazer, a curto prazo, grandes investimentos, porque esses equipamentos custam vários milhões de euros. De qualquer modo, temos tido um grande apoio do Ministério de Saúde”, afirmou Carlos Vaz.
No total, nas quatro unidades que integram o Centro Hospitalar (Vila Real, Régua, Chaves e Lamego), entre obras que estão já em curso e outras que estão prestes a começar vão ser aplicados 90 milhões de euros, 18 milhões conseguidos a partir do Quadro de Referência Estratégica Nacional.
“Com os projectos que temos para os próximos dois anos, vamos transformar todo o centro hospitalar, vamos ter o que há de mais moderno para dar as melhores condições à população e cativar novos profissionais, jovens que queiram abraçar um projecto de futuro porque este, a par de Braga, será o grande hospital central de toda a região Norte”, concluiu Carlos Vaz.