Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025
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Urgência ‘topo de gama’ para Trás-os-Montes e Alto Douro

Três anos a funcionar temporariamente em contentores adaptados aos serviços, mas valeu a pena a espera. O Hospital de São Pedro conta hoje com uma urgência de “excelência” onde a principal preocupação foi a humanização. Com o dobro da área e apoiada por duas unidades de cuidados intensivos e uma de cuidados intermédios, a nível de equipamentos, a região pode contar hoje com “o melhor que existe” num serviço que garante anualmente mais de cem mil atendimentos.

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Já estão em pleno funcionamento as novas urgências do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), um espaço remodelado e ampliado que, depois de um investimento cinco milhões de euros, apresenta equipamentos modernos, equipas de profissionais capazes e um “circuito perfeito, que garante que não haja a aglomeração de pessoas”.

“A nossa urgência tem hoje muito melhores condições, fundamentalmente na área da humanização”, sublinhou Carlos Vaz, presidente do Conselho de Administração do CHTMAD depois de proporcionar ao Nosso Jornal uma visita guiada e pormenorizada ao novo espaço no Hospital de São Pedro, em Vila Real.

Segundo o mesmo responsável, uma das grandes mais-valias da nova urgência, que duplicou o espaço de funcionamento, é a existência de um circuito que permite um fluxo muito mais eficaz ao nível do atendimento. “Temos salas de espera separadas de acordo com a triagem de Manchester, o que permite uma mobilidade muito maior e evita a aglomeração de pessoas”, defendeu o mesmo responsável.

Uma alteração visível logo à entrada do serviço é a existências de três acessos completamente distintos, um para emergências (com tudo o que é exigido ao nível de equipamentos), um para a urgência geral e outro para a pediátrica (que inclui todos os serviços da área da neonatologia).

A circulação dentro da urgência é apoiada por um sistema de linhas coloridas que, bem visíveis no piso, por todo o serviço, indicam o percurso a seguir aos doentes, apontando o caminho para as mais diversas áreas de atendimento, quer sejam gabinetes médicos, salas de espera ou de tratamento, entre muitos outras.

Recebendo por ano uma média diária de cerca de 250 pessoas, a nova urgência serve os distritos de Vila Real e Bragança (em áreas específicas) e ainda, através do Hospital de Lamego, que faz parte do Centro Hospitalar, utentes de dez concelhos da zona do Douro Sul.

“Queremos manter a polivalência e reforçar as equipas, mesmo nesta altura de crise”, adiantou Carlos Vaz, revelando que, “felizmente”, o CHTMAD poderá levar avante os seus projetos uma vez que se encontra numa situação “equilibrada a nível financeiro”. “Encerramos as contas de 2011 com um dos melhores resultados a nível nacional, fundamentalmente no que diz respeito aos Hospitais Centrais, onde estamos incluídos. Queremos manter esse rigor, de modo a que se corte onde se tem que se cortar mas nunca no tratamento dos doentes e no apoio às pessoas que nos procuram”, garantiu.

Depois da conclusão do Hospital de Lamego, cuja abertura deverá acontecer “nos próximos meses”, e de muitos outros projetos levados a cabo nos últimos cinco anos, entre os quais se sublinha ainda a renovação e ampliação das Urgências do Hospital de Chaves, aberta no início do mês, o CHTMAD fecha um ciclo de investimento na ordem dos 90 milhões de euros.

 

Três unidades novas que “vão salvar muitas vidas”

No âmbito da obra de remodelação das urgências de Vila Real foi criado um segundo piso completamente novo, um espaço também com 1600 metros quadrados, que hoje recebe a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP), a Unidade de Cuidados Intermédios (UCI) e a Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC).

Completamente equipada com “o que de melhor existe”, a nova UCIP tem lugar para nove doentes, um dos quais em isolamento, e “todas as condições de excelência que permitirão salvar muitas vidas logo à entrada”.

A UCI tem uma capacidade total de 15 lugares de tratamento e a UCIC para oito, dos quais duas ainda não estão em funcionamento.

“Todos os investimentos que fizemos foram sempre muito bem pensados e planeados. Só apostamos em áreas que são necessárias para tratar a população”, concluiu o presidente do Concelho de Administração.

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