A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) apresenta este ano aos candidatos ao ensino superior um total de 1365, divididas por 36 cursos, o que representa um aumento 29 lugares.
O aumento pode não parecer significativo, no entanto, relativamente ao cenário nacional, em que houve uma quebra total de 641 vagas, a academia transmontana foi mesmo aquela que apresentou a maior variação positiva, seguindo-se depois o Politécnico de Beja com mais 17 lugares.
No rol dos 36 cursos disponibilizados na oferta educativa pela UTAD, três aparecem na listagem como novos, ou seja, apresentando 0 vagas no ano anterior, nomeadamente Ciências Florestais (que veio substituir Engenharia Florestal), Tecnologias de Apoio e Acessibilidade (que ocupa o lugar de Engenharia da Reabilitação e Acessibilidade Humanas) e Turismo, antes chamado de Turismo, Recreação e Lazer.
“Continuamos a reorganizar, de uma forma suave, a oferta educativa de acordo com as nossas competências, e esperamos manter o número de entrada do ano passado”, explicou o reitor António Fontaínha Fernandes.
O mesmo responsável lamentou que a divulgação das vagas tenha acontecido tão “tardiamente”, o que impossibilitou às universidades e politécnicos promover melhor os seus cursos e causou problemas em “questões internas de renovação de contratos”. “Ao escolher esta agenda de final do ano, o Governo causa um conjunto de problemas internos perfeitamente desnecessários”, sublinhou.
O reitor frisou ainda que “os desafios de uma instituição do ensino superior localizada numa região de baixa densidade populacional são sempre grandes”, isso porque “a maioria dos estudantes que chegam à UTAD vêm de outras regiões” e, como tal, é necessário que a academia tenha “uma política mais agressiva” de captação de alunos.
Entre as vagas disponibilizadas este ano, o curso que destaca é desporto, com um total de 100 lugares, sendo os cursos seguintes que mereceram maior aposta Medicina Veterinária (80 vagas) e Enfermagem (78).
Os cursos que deverão contar com o menor número de novos alunos serão Química Medicinal, Biologia e Geologia e Engenharia do Ambiente, todos com apenas 20 vagas.
Fonte da UTAD adianta que o número de cursos total foi diminuído (de 37 para 36) “em virtude da tutela não ter permitido o funcionamento de um curso da Área das Ciências da Cultura, curso que apresenta um nível de desemprego muito baixo (1,7 por cento) e cujo histórico permitiria antever uma procura adequada à oferta agora não autorizada”.
A primeira fase do concurso nacional de acesso começa hoje e vai decorrer até ao dia 8 de agosto.