“Será agendada para o dia 20 ou 27 a Assembleia Geral em que se discutirá e deliberará sobre a adesão à Resinorte”, garantiu, ao Nosso Jornal, José Marques, presidente da Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN), que serão assim os últimos a confirmar a ‘entrada’ no novo sistema multimunicipal de triagem, recolha, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos da região Norte Central.
A confirmar-se a adesão dos sete municípios que constituem a associação duriense (Alijó, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião e Vila Real), o novo sistema multimunicipal vai representar um total de 35 municípios e servir uma população de cerca de um milhão de pessoas.
A concessionária, responsável pela exploração e gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Norte Central até 2039, “resultou da fusão da Rebat, Resat e Residouro e irá ainda agregar os municípios pertencentes AMVDN e à Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE)”, revelou fonte da Resinorte.
Criada (com publicação em Diário da República a 15 de Setembro) para substituir os sistemas multimunicipais do Baixo Tâmega, Alto Tâmega e do Vale Douro Sul, a Resinorte – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A, já teve mesmo a sua a primeira Assembleia Geral, no último dia 20, em Celorico de Basto. “Como ainda não formalizamos a nossa adesão, marcamos presença na reunião através de uma representante da Assembleia Geral da associação”, explicou José Marques.
Os Municípios do Douro Sul fecharão o ciclo de concelhos pertencentes ao novo sistema. Segundo o mesmo responsável, a decisão não foi tomada antes “porque a AMVDN entendeu que esse era um assunto a debater apenas depois das eleições autárquicas”.
Apesar da questão ainda exigir aprovação em Assembleia Geral, José Marque revelou que já foi estabelecido um “acordo de princípios” com a Resinorte e a deliberação deverá ir no sentido de formalizar a adesão da associação de municípios.
“Num futuro muito breve vamos precisar de um forte investimento nesta área dos resíduos. Com a criação deste sistema multimunicipal, vamos poder pensar em escala e ganhar no que diz respeito à competitividade dos preços praticados na recolha e tratamento dos resíduos urbanos”, explicou o presidente da AMVDN.
Segundo o decreto-lei que a constituiu, a Resinorte surge como uma recomendação do Plano Nacional Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbano, que aconselha a “fusão de sistemas para gerar economias de escala, bem como a agregação de municípios que se situem geograficamente na sua continuidade territorial, visando, nomeadamente, o ganho de eficiências, capacidade tecnológica e sustentabilidade, permitindo a optimização da gestão de resíduos com salvaguarda de custos socialmente aceitáveis para todos os utentes”.
Agregando os municípios de Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela, a Resinorte contará com uma área de intervenção de mais de oito mil quilómetros quadrados e tratará mais de 350 mil toneladas de resíduos por ano.