Terça-feira, 3 de Dezembro de 2024
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“Venho para ficar o máximo de tempo possível”

Nos últimos sete anos Vila Real conheceu quatro comandantes da PSP e desde o início de Junho que se juntou à lista Vítor Soares. Garantindo desde logo que não vem com a perspectiva de ‘saltar’ para outro comando, o recém- -chegado Intendente, que ainda está a apalpar terreno, promete desenvolver “um trabalho o mais completo possível, eficaz, eficiente” e com maior visibilidade.

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Depois de Serafim Tavares, é a vez Vítor Soares assumir o Comando Distrital de Vila Real da Polícia de Segurança Pública (PSP), um cargo para o qual foi empossado no dia um de Junho.

Em entrevista ao Nosso Jornal, Vítor Soares, de 44 anos, natural de Cabinda, Angola, e actualmente residente do Porto, fez um primeiro balanço sobre o comando vila-realense, levantou o véu sobre alguns objectivos e deixou uma garantia, a de que “vai ficar o máximo de anos possível”.

“Não venho com a intenção de ir para outro lado. Venho para fazer o meu trabalho sempre numa perspectiva de serviço a favor da comunidade”, revelou o mesmo responsável justificando a breve passagem de outros comandantes pelo distrito com a bolsa de profissionais habilitados que tem vindo a ser constituída gradualmente desde a criação do Instituto Superior da Polícia. “O que aconteceu ao longo dos últimos anos foi que, com a criação do Instituto Superior, foram-se formando quadros para substituir paulatinamente os oficiais do exército que vinham para a polícia. Os primeiros oficiais que entraram no instituto foram escolhendo os comandos de Lisboa e Porto”, os restantes foram dando resposta às necessidades e aproveitando as oportunidades de se aproximar cada vez mais das suas zonas de residência, explicou o intendente, esclarecendo assim a circulação de comandantes, não só em Vila Real, mas a nível nacional.

Licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Polícias e Segurança Interna, Vítor Soares, começou por desempenhar a função de comandante da Esquadra das Antas, no Porto. Depois de várias outras funções, sempre na área metropolitana do Porto, o agora comandante de Vila Real foi responsável, ainda enquanto subintendente, pela criação de raiz da Divisão Policial de Vila Nova de Gaia, onde permaneceu durante cerca de oito anos.

“Fui promovido a Intendente e nomeado pelo ministro da Administração Interna para ser comandante distrital de Portalegre, onde estive cerca de um ano”, recordou o comandante explicando que a opção de vir para Vila Real prendeu-se exactamente com a oportunidade de estar mais próximo da família, residente no Porto, pese embora faça um balanço extremamente positivo da estadia na capital de distrito alentejana.

O primeiro passo em Vila Real será “vivenciar” pessoalmente as cidades que compõem o comando. “Costumo dar uns passeios a pé para vivenciar no terreno, como qualquer cidadão, a própria cidade”, revelou o intendente.

Apesar de considerar que é ainda muito cedo para fazer um balanço sobre o comando vila-realense, Vítor Soares refere que, depois de ler os relatórios sobre a criminalidade nos últimos anos, considera que “não é um comando preocupante”, comparativamente a experiência de mais de 18 anos na área metropolitana do Porto.

“A criminalidade existe e há-de existir sempre”, sublinhou o comandante explicando que enquanto em comandos como Vila Real e Portalegre crimes como ofensas a integridade física, violência doméstica, ameaça e coação e difamação, calúnia e injúrias, em que não há uma prevenção possível, são os predominantes, em áreas como o Porto, onde há “uma população criminal residente”, a situação é mais complicada.

Reconhecendo que haja algum alarmismo quando a acontece “algo mais fora do vulgar” numa cidade com baixos níveis de criminalidade, o comandante refere que se trata de situações pontuais. Ao Nosso Jornal o comandante deixou a garantia de que irá apostar num policiamento preventivo, de maior proximidade e visibilidade, adiantando que acções de sensibilização e fiscalização serão cada vez mais uma constante.

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