Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Vidago, 0 | Vila Real, 0

Numa tarde cinzenta em Vidago, o Vila Real não foi além de um empate a zero com os locais. Apesar de ter sido a equipa mais perigosa e que mais oportunidades criou, os alvi-negros foram incapazes de alvejar com êxito a baliza à guarda de Cabreca. Desta forma, o primeiro lugar está agora mais longe, já que o Mondinense ganhou ao Régua e aumentou para três pontos a sua vantagem sobre o seu adversário directo na corrida pelo topo da classificação. O próximo jogo do campeonato poderá ser decisivo, já que coloca frente-a- -frente Vila Real e Mondinense.

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Com algumas alterações em relação ao jogo com o Murça, Carlos Felisberto tentou dar mais profundidade à frente atacante, colocando Bessa a jogar como médio ofensivo, abrindo alguns caminhos na faixa direita do terreno. Os forasteiros entraram determinados no jogo, logo aos 3’ criaram a primeira situação de perigo. De livre, Castanha coloca na área, Azevedo aparece, ao primeiro poste, a cabecear, mas a bola sai a rasar o poste. O Vila Real entrou muito pressionante e no espaço de dez minutos criou várias situações para se adiantar no marcador. Ernesto foi o protagonista de duas ocasiões flagrantes. Na primeira, na sequência de um pontapé de canto, aparece no segundo poste, faz o cabeceamento para a baliza, mas a bola acaba por ser desviada sobre a linha final. Ainda na sequência do lance, Ernesto, no coração da área, volta a rematar, mas Cabreca com um toque subtil alivia sobre a barra. Era uma entrada acutilante dos visitantes, já que, volvidos poucos minutos, Shuster, enche o pé, remata forte para mais uma excelente intervenção de Cabreca, que era a figura na turma da casa. O Vidago sentia muitas dificuldades para sair do seu meio-campo, já que a pressão feita pelos alvi-negros, a toda a largura do terreno, era uma constante. Para ultrapassar este obstáculo, os locais tentaram bombear bolas para a frente, onde Bouças, sempre muito só, pouco ou nada poderia fazer perante os centrais adversários. Aos 25’, mais uma oportunidade gorada pelos visitantes. Desta vez, Azevedo desmarca Bessa que entra na área sozinho e, perante a saída de Cabreca, faz um chapéu, mas a bola ganha muita altura e sai por cima do travessão. Através de futebol corrido, o Vila Real parecia não ter capacidades para derrubar o muro defensivo adversário. Foi, então, altura para tentar os lances de bola parada. Num desses lances, André Lisboa rematou forte para mais uma grande intervenção de Cabreca, a tirar a bola com uma palmada.

O técnico da casa, Luís Batista, não gostava do que via sobre o sintético. Aos 40’, optou por tirar o avançado Guillaume para a entrada de um homem mais defensivo, Daniel, equilibrando o seu sector mais recuado. Antes do intervalo, ainda vimos uma pequena reacção do Vidago, mas faltou um desvio certeiro ao livre tenso de Pedro Adão. Muito pouco para uma equipa que no início da época se perfilava como um dos candidatos à subida aos nacionais.

Na segunda parte, os vila-realenses continuaram a dominar, mas não foram tão acutilantes como no primeiro tempo, apesar de terem sido a única equipa que procurou a vitória. A teia montada pelos vidaguenses estava intransponível e os vila-realenses tentavam de todas as formas chegar ao golo. Aos 52’, Shuster, de fora da área, remata forte, mas a bola sai a centímetros do poste. Depois, foi a vez de Azevedo falhar, quando estava em posição privilegiada para alvejar com êxito a baliza.

Já perto do final, aos 84’, Miguel Ângelo aparece isolado na área, e quando se preparava para alvejar a baliza, Hélio tenta fazer o corte e toca no pé de apoio do avançado alvi-negro, grande penalidade que fica por assinalar. Aliás, o árbitro, Nuno Bento, entende mostrar o cartão amarelo a Miguel Ângelo, por simulação, que fica estupefacto com a decisão do juiz da partida. Já em tempo de compensação, o Vila Real ainda tentou chegar ao golo, mas não teve o discernimento necessário para sair de Vidago com os três pontos na bagagem. O Vidago apostou numa forte estrutura defensiva e viu premiado o seu esforço ao conseguir um ponto perante um candidato à subida ao nacional.

Agora, o Vila Real para voltar à liderança terá de vencer o Mondinense já no fim-de-semana no Monte da Forca.

 

CARLOS FELISBERTO, treinador do Vila Real

“A exibição foi melhor que o resultado”

O técnico alvi-negro gostou da exibição da equipa, que apenas falhou na finalização e assim ficou mais longe do topo.

“Hoje falhamos no capítulo da finalização. Para vencer, teríamos que concretizar uma das inúmeras oportunidades que criamos. Ao contrário do que aconteceu com o jogo frente ao Murça, hoje claramente foi melhor a exibição do que o resultado, que foi extremamente injusto perante aquilo que se passou em campo. O Vidago não é uma equipa qualquer, demonstrou uma boa organização defensiva durante todo o jogo. A nossa equipa jogou com muita intensidade, o que obrigou o adversário a baixar as suas linhas. Ainda na primeira parte, obrigamos o Vidago a fazer uma alteração claramente defensiva, com a saída de um avançado para a entrada de mais um defesa lateral. Nós pecamos na eficácia, não fomos felizes, mas fizemos coisas positivas que vamos analisar. Aliás, a continuar assim, estou convencido que num futuro próximo vamos ter razões para sorrir e espero que seja já no próximo jogo com o Mondinense. Tudo iremos fazer para anular a desvantagem de três pontos que nos separa do líder, apesar de não ser um jogo determinante”.

 

 

LUÍS BATISTA, treinador do Vidago

“O resultado acaba por ser justo”

No final do encontro, o técnico da casa considerou que foi um fraco jogo de futebol, onde o resultado acabou por se ajustar ao que aconteceu dentro das quatro linhas.

“Foi um jogo muito fechado, onde tivemos inúmeras dificuldades para explanar o nosso futebol. O Vila Real surpreendeu- -nos na forma como se apresentou aqui, e nós sentimos muitas dificuldades para nos adaptarmos ao jogo do adversário. Mas, pela luta, pela entrega e pela coragem, o resultado acaba por ser justo. O Vidago vai continuar a lutar para ficar com a melhor classificação possível, apesar de sabermos que, esta ponta final do campeonato, será bastante difícil, dada a qualidade das equipas que vamos encontrar pela frente. Mas, nós, também temos qualidade e tudo iremos fazer para vencer o máximo de jogos possível”.

 

 

FICHA TÉCNICA

 

Jogo no Complexo Desportivo João de Oliveira, em Vidago.

 

Árbitro: Nuno Bento

Auxiliares: Luís Fraga e Fernando Nunes

 

VIDAGO: Cabreca, Márcio (Nino, 63’), André, Nuno, Guillaume (Daniel, 40’), Pedro Bouças, Pedro Adão, Castelo (André Veras, 78’), Nacho, Portal, Hélio.

Suplentes não utilizados: Geadas e Eduardo.

Treinador: Luís Baptista

 

VILA REAL: Ivo, Mica, Francis, Nuno Fredy, Ernesto, André Lisboa, Castanha (Mico, 81’), Bessa, Leandro, Shuster, André Azevedo.

Suplentes não utilizados: Pedro, Conceição, Peixoto e Diogo.

Treinador: Carlos Felisberto

 

Cartões amarelos: André Azevedo (11’), Daniel (51’), Hélio (61’), Shuster (78’), Miguel Ângelo (84’), Nuno (91’).

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