Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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Vila Real, Bragança, Torres Novas e Estarreja unidas pelo teatro contemporâneo

Levar o teatro contemporâneo em viagem por quatros salas de espectáculos do país é o objectivo de um projecto que, mais que reforçar o ideal de trabalho em rede e estreitar a relação entre os teatros, vai permitir a formação de públicos. A Mostra deverá prolongar-se durante o ano de 2010.

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Liderado pelo Teatro de Vila Real, o projecto “Teatro Contemporâneo em Portugal – ciclo de formação e consolidação de públicos” vai ser responsável pela apresentação de cerca de meia centena de espectáculos numa mostra que vai passar por Bragança, Torres Novas e Estarreja.

Aprovado recentemente pelo Quadro de Referência Estratégia Nacional (QREN), através do concurso “Rede de Equipamentos Culturais/Programação Cultural em Rede”, o projecto vai exigir um investimento de mais de 367 mil euros, dos quais perto de 150 mil são comparticipados pelos fundos europeus.

“Ao longo de um ano vamos mostrar o que melhor se faz em Portugal no teatro contemporâneo”, explicou, ao Nosso Jornal, Vítor Nogueira, director do Teatro de Vila Real, revelando que a candidatura saiu reforçada ao se encontrar parceiros “fora da Unidade Territorial Norte” e com capacidade para assumir o projecto, daí a escolha das duas casas de espectáculos mais a Sul do país.

O mesmo responsável explicou que a parceria não surge por acaso, tendo em conta que já havia relações de proximidade com os dois teatros. “Somos um teatro de referência, a nível nacional, mas temos que ter a humildade de procurar o que os outros estão a fazer bem”, é por isso que já temos “alguma cumplicidade” com as equipas da direcção dos teatros de Torres Novas e Estarreja, explicou.

Ao longo do ano, a mostra deverá levar cerca de dez espectáculos a cada um dos teatros, sendo que o de Vila Real poderá receber mais alguns. “O objectivo é que os espectáculos passem todos por, pelo menos, três dos teatros da rede”, revelou Vítor Nogueira.

Mas, a candidatura não se resume apenas à apresentação dos espectáculos, o projecto prevê um conjunto de actividades complementares que terão um ponto de vista pedagógico pese embora, como explicou o director vila-realense, a direcção não assuma uma posição “paternalista, até porque já existe público muito formado” na capital de distrito transmontana.

Para além do projecto agora aprovado, o Teatro de Vila Real é também parceiro no “Articular”, uma ideia apresentada pela Câmara Municipal de Vila Real e aprovada pelo QREN com um incentivo comunitário de cerca de sete milhões de euros, de um total de 10 milhões de investimento.

“O Teatro nunca teve tanto apoio de fundos comunitários”, explicou Vítor Nogueira, revelando ainda que está em fase de apreciação um terceiro projecto, apresentado já este mês, candidato a um programa do QREN e que, a ser aprovado, vai permitir uma parceria com o Teatro Nacional São João, com o Centro Cultural Vila Flor, de Guimarães e com o Teatro Circo de Braga.

Em relação à programação do Teatro de Vila Real, o director lembrou que já próximo mês de Setembro, mais exactamente no dia 18, terá início a sexta edição do Douro Jazz, o Festival Internacional que, mais uma vez, em época de vindimas vai animar a região levando o jazz a seis localidades diferentes (Vila Real, Régua, Bragança, Lamego, Chaves e São João da Pesqueira).

Vítor Nogueira mostrou- -se ainda satisfeito com um primeiro balanço do Festival de Músicas do Mundo/Concertos de Verão que ainda está a decorrer no Teatro de Vila Real mas que, no último sábado, com o concerto de Mercedes Peón, ultrapassou a barreira dos 10 mil espectadores.

No sábado, o Auditório Exterior do Teatro vai receber o espectáculo dos V3SKA, encerrando-se o ciclo de concertos de Verão, no dia 29, com a actuação dos Polkaholix.

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