Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Vila Real e Murça na final da Taça AFVR

Dois anos depois, Vila Real e Murça voltam a ser os finalistas da Taça da Associação de Futebol de Vila Real. O Vila Real afastou o Vidago e o Murça venceu o Alijoense, por 3-1.

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Com o regresso ao ‘velhinho’ Campo do Calvário, o Vila Real teve pela frente um adversário difícil, que lutou até à exaustão para conseguir derrotar pela primeira vez esta época os comandados de Carlos Felisberto. Mas, os donos da casa foram mais fortes e alcançam com justiça a final da competição.

Fora da corrida pela subida de divisão, o Vidago apostava forte neste jogo e isso foi evidente em campo, já que entrou personalizado e sem qualquer receio do adversário. Mas, o Vila Real, bem colocado no terreno de jogo, chegou ao golo cedo, por intermédio de Moura. Na sequência de um livre, Shuster levanta para o segundo poste, onde aparece Moura a rematar cruzado para o fundo da baliza. Na primeira grande oportunidade do jogo, os visitados não desperdiçaram e colocaram-se em situação de vantagem. No minuto seguinte, André Azevedo teve nos pés a hipótese de dilatar a vantagem, mas Cabreca recuperou a tempo. A resposta não tardou, Diop rematou forte, mas a bola saiu ao lado. O jogo estava numa toada de parada e resposta, com o perigo a rondar ambas as balizas. Aos 20’, uma contrariedade para os vila-realenses, com Shuster a sair lesionado, entrando para o seu lugar o irrequieto Henrique. O Vidago sentia algumas dificuldades para entrar no último reduto adversário, mas em lances de bola parada esteve perto de chegar ao empate. O especialista das bolas paradas, Pedro Adão colocou Pedro à prova, em duas tentativas de alvejar com êxito a baliza dos alvi- -negros. Perto da meia hora de jogo, mais uma oportunidade gorada por André Azevedo, já que o remate acabou por bater no poste da baliza à guarda de Cabreca. A vantagem mínima, no final da primeira parte, premiava a equipa que foi mais eficaz e que mais oportunidades criou.

Na segunda parte, insatisfeito com o resultado, o técnico Júlio Batista colocou em campo André Oliveira no lugar de Veras. O Vidago veio com intenção de anular a desvantagem e Castêlo esteve muito perto de o fazer, valeu a recuperação de Fredy a emendar o erro cometido, com uma perda de bola em zona proibida. O Vidago dominava a meio-campo e tinha agora mais posse de bola, mas era o Vila Real que tinha as melhores oportunidades. Primeiro, foi Azevedo a desperdiçar na cara de Cabreca, com o remate a sair às malhas laterais. Depois, Henrique, completamente sozinho na frente de Cabreca, permite a defesa ao guarda–redes. Uma perdida incrível do jovem vila-realense. Já com todas as armas em campo, o Vidago teve uma boa ocasião para chegar ao golo, mas o cruzamento tenso de Bouças não teve consequência, porque Diop chegou atrasado. Aos 88’, André Azevedo é tocado no pé de apoio dentro da área e o árbitro, Pedro Mesquita, perto do lance, não teve qualquer dúvida em apontar a marca do castigo máximo. Chamado à conversão, Francis não desperdiçou e aumentou a vantagem dos homens da casa. O Vidago não baixou os braços e ainda conseguiu reduzir a desvantagem, num remate certeiro de Daniel, aos 92’. Mas, não houve tempo para mais, já que segundos depois, o árbitro apitou para o final do encontro.

Num jogo muito competitivo, a vitória acabou ser justa para os vila-realenses, que estão com todo o mérito da final da Taça AFVR. O Vidago foi um digno vencido, nunca baixou os braços, mas faltou-lhe marcar mais golos.

 

CARLOS FELISBERTO, treinador do Vila Real

 

“Foi uma final antecipada”

O técnico alvi-negro ficou satisfeito com a vitória e com a prestação dos seus atletas, que merecem a presença na final.

“Foi um grande jogo em que o Vila Real mereceu, com toda a justiça, a vitória. Demonstramos ser uma equipa muito organizada perante um adversário competente, que sabe estar em campo, numa autêntica final antecipada. Mais uma vez, criamos inúmeras situações para marcar e poderíamos ter resolvido o jogo muito mais cedo, o que iria retirar a confiança que o Vidago foi tendo ao longo do jogo, devido a termos apenas um golo de diferença. O Vidago optou por fazer um futebol directo, com bolas altas para a nossa área e nós tentamos colocar a bola no chão e partir em transições rápidas, conseguindo criar muitas situações claras de golo. Agora, vamos jogar a final que é sempre um jogo imprevisível, onde ambas as equipas vão querer ganhar. O Murça tem uma excelente equipa, que gosta de jogar bom futebol. Aproveito para endereçar os parabéns ao Leonardo que merece também estar na final. Irá ser um excelente espectáculo, onde esperamos um jogo complicado”.

 

Júlio Baptista, treinador do Vidago

 

“Saímos com alguma mágoa”

No final do encontro, o técnico Júlio Baptista mostrou-se conformado com o resultado, mas considera que a sua equipa merecia mais.

“Em primeiro lugar, quero dar os parabéns ao adversário porque ganhou e teve mérito nisso. Saímos daqui com alguma mágoa, já que merecíamos algo mais, mas o futebol é assim. Dignificamos o clube, mas não conseguimos concretizar o nosso objectivo que passava por chegar à final da Taça. Mesmo assim, saímos com a cabeça erguida, apesar do Vila Real ter sido mais eficaz e ter aproveitado alguns erros da nossa formação”. Já sem objectivos para concretizar esta época, o técnico diz que ainda só pensa nos jogos que tem até ao final do campeonato. “Agora, estou apenas concentrado nos últimos quatro jogos que faltam para acabar a temporada”.

 

Ficha Técnica

 

Jogo disputado no Campo do Calvário.

Árbitro: Pedro Mesquita

Auxiliares: Diogo Mesquita e Bruno Costa

 

VILA REAL – Pedro, Conceição (Bessa, 52’), Francis, Nuno Fredy, Mica, Diogo, Castanha, Mico (André Teixeira, 60’), Moura, Shuster (Henrique, 20’), André Azevedo.

Suplentes não utilizados: Ivo, Miguel, Leandro, Miguel Ângelo.

Treinador: Carlos Felisberto.

 

VIDAGO – Cabreca, Márcio (Bouças, 75’), Daniel, Rendeiro, Veras (André Oliveira, 45’), Portal, Eduardo (Guillaume, 62’), Pedro Adão, Castelo, Nacho, Diop.

Suplentes não utilizados: Geadas e Élio.

Treinador: Júlio Baptista

 

Ao intervalo: 1 – 0

Cartão Vermelho: André Oliveira (92’).

Marcadores: Moura (12’), Francis (88’), Daniel (92’).

 

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