Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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Vila Real tem “das mais baixas taxas de cobertura de esgotos do país”

Ao contrário do que acontece no abastecimento de água, no que diz respeito à rede de esgotos, os números colocam a capital de distrito entre os últimos do ranking nacional. Recuperar o atraso é um objetivo que “vai levar muitos anos”

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Com cerca de 37 por cento do concelho fora da rede municipal de esgotos, Vila Real é um dos territórios do país com maior atraso quando se fala de tratamento de águas residuais, confirmou Manuel Moras, presidente do conselho de administração da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMAR-VR).

Falando à margem da inauguração das obras de requalificação da sede da empresa, que decorreu no dia 21, Manuel Moras adiantou que o objetivo é aproximar o concelho da média nacional, que está um pouco acima dos 80 por cento. “Temos um atraso muito grande na cobertura da rede de esgotos, isso é visível em algumas áreas periféricas de Vila Real”, testemunhou.

Com esse objetivo em mente, a EMAR-VR está a preparar algumas candidaturas a fundos europeus, projetos que, a serem aprovados, poderão intervir em várias zonas, como Mouçós, Agarez, Arroios e Torgueda, entre outras.

Adiantando que serão privilegiados os projetos que obtenham financiamento, o presidente do conselho de administração está convencido que a recuperação do atraso neste setor “levará muitos anos”, isso porque “hoje já não se privilegiam as soluções de redes em todo o lado, já se começa a aceitar que os tratamentos individuais são também soluções válidas em zonas de habitação dispersa, ou seja, em zonas rurais”.

Se no que diz respeito aos esgotos Vila Real está entre os piores, na rede de abastecimento de água está em sintonia com a média nacional, contando atualmente com uma cobertura na ordem dos 95 por cento, sendo de sublinhar a qualidade que mereceu mesmo um selo de qualidade. “Estamos a fazer todos os esforços para manter esse nível, sendo que aconselhamos que todas as pessoas bebam água da torneira, porque ela é de altíssima qualidade”, defendeu Manuel Moras.

Garantir a qualidade, mas desta vez dos serviços, foi também o objetivo de uma intervenção na sede da EMAR-VR, nomeadamente na zona de atendimento aos clientes e nos gabinetes técnicos e administrativos, trazendo mais conforto para os cidadãos e melhores condições de trabalho para os seus funcionários.

Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, sublinhou que o investimento de mais 251 mil euros na remodelação da sede da empresa (localizada na Rua de Santa Iria, junto a EDP) era um dos vários objetivos em agenda e que estão a ser cumpridos. O autarca sublinhou que, além de uma redução de cerca de 300 mil euros no passivo da empresa, desde que deu início ao seu mandato, no final de 2013, já reduziu custos no seu funcionamento, o que permitiu, por sua vez, uma redução também na tarifa paga pelos cidadãos.

No que diz respeito às obras na sede da empresa, a comissão política de secção do PSD de Vila Real lamentou, em comunicado, que tenha sido “omitido todo o histórico do processo, iniciado já em 2004, que conduziu às obras agora inauguradas, nomeadamente a aquisição do apartamento superior (que permitiu a disponibilização de novo espaço para a administração e direção) e o início do projeto, em 2007, que não teve a sua conclusão, na altura, por falta de enquadramento financeiro”.

 

Recolha de lixo com nova frota mais amiga do ambiente

 

Recolha de lixo com nova frota mais amiga do ambiente

No mesmo dia em que foram inauguradas as instalações da EMAR-VR, a autarquia apresentou ao concelho a nova frota de oito veículos utilizada na recolha de resíduos urbanos, entre os quais um híbrido.

Emílio Peñas, administrador da FCC Ambiente em Portugal, grupo detentor da FOCSA, empresa que faz a recolha em Vila Real, explicou que o veículo “é um dos primeiros utilizados no país para a recolha de resíduos”. “É viatura híbrida que sempre que circula a menos de 30 km/h trabalha à eletricidade, com emissões zero e sem barulho absoluto”, sublinhou.

Garantindo esse serviço no concelho desde 2005, a FOCSA investiu na nova frota, “ecologicamente muito mais avançada” e que inclui também “um veículo de contentores, um camião grua e uma viatura para manutenção e reparação dos contentores”, cerca de 800 mil euros.

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