Em declarações à VTM, o presidente da câmara, José Manuel Gonçalves, explicou que “já foi assinada a consignação da obra, que deverá ter início ainda este mês”. Neste momento, “estamos a proceder ao alojamento das famílias que ainda ali viviam, mas temos praticamente tudo definido. A transição das famílias está a ser feita para um alojamento que fica nas imediações do espaço, dentro do próprio parque termal”.
A câmara municipal teve de lançar um terceiro concurso público para a reabilitação de um antigo hotel em Moledo para habitação social, depois de os dois anteriores terem ficado sem concorrentes.
“O processo demorou algum tempo, porque houve dois concursos que ficaram desertos, por isso tivemos de aumentar o valor base, que anda na ordem de 1,3 milhões de euros”, sublinhou o autarca, adiantando que, agora, “temos o empreiteiro selecionado e todas as condições para começar com a obra, que será uma realidade dentro de dias”.
O autarca alertou ainda para os constrangimentos que a obra trará, devido à sua localização. “É um espaço que é património e terá de haver alguns cuidados, em que teremos também um acompanhamento muito de perto da Direção Regional de Cultura”.
O prazo para a execução da obra é de 24 meses. No entanto, “irá depender de como o empreiteiro vai coordenar os trabalhos, já que o edifício está em cima de uma estrada nacional com tráfego permanente”, referiu José Manuel Gonçalves, acrescentando que será colocada uma grua para que a obra “seja mais célere”.
11 FAMÍLIAS
José Manuel Gonçalves disse que o antigo hotel irá ser transformado em habitação social, onde vão ser criados 11 fogos habitacionais. “No âmbito do Primeiro Direito, as famílias estão devidamente sinalizadas. Logo que tenhamos a obra concluída, iremos realojar algumas que já lá estavam a viver, embora em condições muito precárias”. As outras, que estão identificadas no processo de habitação social da câmara, também vão ter diteito a uma habitação digna, de acordo com o espírito do Primeiro Direito, com a autarquia a estar “fortemente empenhada em que seja um sucesso”.
O presidente frisou que o objetivo “é fixar as pessoas” em Moledo e dar continuidade ao processo de devolver “dinâmica social, populacional e económica” como teve no passado.