Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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A Agência de Ecologia Urbana “é um reconhecimento público à região”

Nasceu a Agência de Ecologia do Eixo Atlântico, mais um organismo da Euroregião Galiza – Norte de Portugal que, sedeado em Vila Real, promete ser um centro “de discussão de projectos que conduzam à harmonização e consolidação de políticas ambientais”, entre os concelhos membros do Eixo Atlântico.

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Esta é a segunda Agência de Ecologia Urbana da Europa e a primeira com características transfronteiriças, sublinhou, ontem, o autarca Manuel Martins, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, que na inauguração da nova estrutura classificou a sua instalação na capital de distrito como um “reconhecimento” pelo trabalho ao nível do desenvolvimento sustentável.

“Encaramos a escolha de Vila Real para a sede da nova Agência como um reconhecimento público à região, pois foi uma das que mais forte apostou no desenvolvimento sustentável e na criação de ligações com e entre concelhos vizinhos”, explicou o autarca, sublinhando que a sua instalação no concelho transmontano representa, ao mesmo tempo, um “incentivo e um desafio”.

A Agência de Ecologia, considerada “um instrumento para o desenvolvimento sustentável da Euroregião Galiza – Norte de Portugal”, nasceu no Bairro dos Ferreiros, no antigo edifício dos moinhos, onde a autarquia tinha inicialmente previsto a criação de um Centro de Monitorização e Educação Ambiental.

Segundo a Associação do Eixo Atlântico, actualmente presidida por Luís Filipe Menezes, “a criação da Agência de Ecologia Urbana resulta da vontade comum e do imperativo estratégico de desenvolvimento de um conjunto de projectos que conduzam à harmonização e consolidação de políticas de desenvolvimento sustentado, no espaço da euro região (34 municípios), em áreas como o ambiente e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.

Segundo declarações de Luís Ramos, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e membro da comissão científica da Agência, aquando da assinatura do protocolo que permitiu a criação da agência, o objectivo era “apoiar as estratégias e gestão das questões ambientais” nos vários municípios, sendo de destacar algumas linhas essenciais de trabalho, nomeadamente a “formação de responsáveis políticos e técnicos das autarquias, a exposição das principais preocupações, a implementação das Agências 21 Locais e o sublinhar dos vários projectos que são comuns às várias cidades, de modo a que se consigam mais-valias ao nível do financiamento”, entre outros.

A Agência de Ecologia Urbana será acompanhada cientificamente pela UTAD, pela Universidade de Vigo, pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Agência de Ecologia Urbana de Barcelona, uma das primeiras a ser criadas a nível europeu. Apesar da sede se localizar em Vila Real, o organismo contará com mais dois pólos, um na euro-cidade Chaves/Vigo, mais dedicado à formação, e um terceiro em Bragança que vai acompanhar mais de perto os municípios junto da fronteira.

Manuel Martins sublinhou ainda que o projecto de criação da nova estrutura “foi objecto de uma candidatura aos Fundos Comunitários, tendo sido comparticipado, em 384 mil euros, o investimento total de 512 mil, a concretizar em dois anos.

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