Sábado, 7 de Dezembro de 2024
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Aliança quer garantir que não há desvios dos fundos comunitários de coesão

Paulo Sande defende que é necessário um escrutínio rigoroso independente para evitar que apoios europeus destinados ao interior sejam aplicados no litoral e em projetos do Estado.

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O cabeça de lista do partido Aliança ao Parlamento Europeu, Paulo Sande, defendeu esta terça feira, numa visita a Bragança, a necessidade de uma avaliação exigente e autónoma do Estado aos fundos comunitários de coesão.

Apelidando de “escândalo” a atual política do Governo no que diz respeito à utilização das verbas comunitárias, Paulo Sande adiantou que a primeira medida do manifesto do partido que representa tem que ver com os fundos comunitários e a sua aplicação.  “O que está a acontecer é um escândalo. Os projetos existem, estão, muitas vezes, anos à espera de resposta, tudo o que é privado vai ficando para trás e é ultrapassado pelas necessidades do Estado nas suas diferentes formas, e mais ilegal é a utilização desapropriada de um dos grandes recursos que temos para o investimento”, referiu, acrescentando que “os fundos deviam potenciar o investimento privado, projetos que desenvolvam o país, e o que se está a fazer em Portugal é o oposto”.

Assim, a Aliança, segundo o candidato, pretende “criar um escrutínio diferente do compromisso e da execução para garantir que os desvios não existem e isso só é possível com um acompanhamento permanente de órgãos independentes, que não sejam o próprio Estado”.

“Se não houver escrutínio as coisas vão continuar a acontecer assim e o país desequilibra-se cada vez mais. Quando esse dinheiro é preciso para cobrir prejuízos e défices de setores públicos vários, isso preocupa-nos muito”, sublinhou Paulo Sande, muito crítico em relação à atuação do Governo, que considera uma “governação à vista das eleições, de propaganda”.

Afirmando que o nordeste transmontano é um bom exemplo do enorme desequilíbrio que o país vive, quer a nível de desenvolvimento, quer a nível demográfico, o candidato ao Parlamento Europeu avança que uma das bandeiras do programa do partido se prende com a coesão territorial, reiterando que “Portugal não deve ser um país litoral, como é neste momento, resumido a uma faixa costeira de 52 quilómetros quadrados, com graus de densidade populacional elevadíssimos, e uma desertificação permanente do interior”, pelo que a Aliança defende uma repovoação urgente do território mais afastado dos grandes centros de decisão, mais investimento nestas regiões e mais compensações para que se possam atrair pessoas.

Por fim, Paulo Sande referiu as dificuldades do Aliança se afirmar em Portugal, sendo um partido novo. “Este partido é novo, quer ser diferente, mas não é fácil afirmar-se, porque Portugal é um país muito rígido no sistema político. Pretende-se uma renovação e uma regeneração. Se continuarmos a encarar a política como meio de termos emprego, de termos um poderzinho, não conseguimos mudar nada”, concluiu o candidato.

 

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