A iniciativa, inserida no âmbito da unidade curricular de Direito e Deontologia da Comunicação, permitiu aos estudantes perceberem como funcionam as reuniões deste órgão autárquico, sendo que tiveram oportunidade de usar da palavra e expor assuntos tidos como relevantes, como a ética e deontologia, o acolhimento de estudantes estrangeiros em Mirandela, a construção de residências estudantis e o problema dos espaços utilizados para a semana académica.
“Colocaram questões que vão ao encontro daquilo que sentem, também, enquanto munícipes”
Júlia Rodrigues
Presidente CM Mirandela
“Foram temas muito pertinentes”, admite Júlia Rodrigues, presidente da Câmara de Mirandela, acrescentando que “colocaram questões que vão ao encontro daquilo que sentem, também, enquanto munícipes”.
Para a autarca, os alunos da EsACT “souberam interpretar o papel da Assembleia, do seu funcionamento e o regimento”, confessando que “gostámos muito de ter aqui a visita e a intervenção dos alunos de comunicação e jornalismo. Foi muito interessante tudo aquilo que trouxeram de novo a esta Assembleia”
“As intervenções são todas adequadas, todos têm a sua oportunidade, independentemente do tema”, afirma Luísa Torres Belchior, primeira secretária de mesa da Assembleia Municipal, admitindo que “algumas intervenções pareceram mais ajustadas àquilo que é o regimento da Assembleia, nomeadamente a questão das residências”.
O alojamento é uma questão cada vez mais preocupante para os alunos universitários. Nesse sentido, Mirandela tem prevista a construção de duas residências, que deverão estar concluídas em 2025. Telma Antunes, aluna da EsACT, levou este tema a debate, revelando que “estou aqui há três anos e senti muitas dificuldades em encontrar casa. Construírem as residências é muito bom e fico muito feliz pelos futuros alunos”.
“É uma iniciativa de louvar. O tema das residências foi pertinente”
Luísa Torres Belchior
1ª secretária
Para Telma Antunes, “é bom falar deste tema e esclarecê-lo porque é algo que nos assombra há muito tempo e também porque queríamos respostas do porquê de só agora o projeto ter avançado e não ter sido pensado aquando da construção da EsACT”, até porque “não há muitas casas disponíveis para estudantes.”
“É uma iniciativa de louvar, é ótimo envolver os jovens na política e no serviço público”, conclui Luísa Torres Belchior.