O mesmo responsável contabilizou que os dois veículos de socorro estiveram parados, com as macas retidas, durante mais de quatro horas, e testemunhou que a situação no hospital estava um “caos” com vários doentes à espera de serem atendidos nas macas nas quais foram transportados e sem as quais os bombeiros não podem abandonar as urgências.
Com a urgência superlotada, várias foram as corporações que esperam horas para rever as suas macas, no entanto, no caso de Boticas a situação complicou-se quando os soldados da paz foram chamados a socorrer um homem que ficou ferido na sequência de uma queda num terreno agrícola. “Tivemos que chamar o INEM” para garantir o socorro, explicou Arnaldo Machado, lembrando que a ambulância que não estava retida em Chaves, teria saído para um serviço na altura do pedido de socorro.
“Algumas pessoas falam dos bombeiros como fossem culpados de tudo, este é um dos casos que mostram que o atraso no socorro muitas vezes não têm nada a ver connosco”, desabafou o comandante.
A retenção das macas no Hospital de Chaves não é uma situação nova, nos últimos dias, e segundo informação veiculada pela comunicação social local, os bombeiros são obrigados a esperar várias horas devido ao forte fluxo de pessoas às urgências e à falta de clínicos na unidade flaviense.