Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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António, sempre

Foi há dois anos e parece que foi ontem. O voo do tempo é alucinante. A homenagem que Castedo do Douro prestou ao seu ilustre filho, António Cabral, faz-nos meditar na precariedade e efemeridade do nosso ser. Mas também sobre esta verdade inabalável: só por cá viveu quem cá deixou rasto. Rasto que o vento dos anos não apaga, obra que cresce à medida que envelhece.

Convivi com ele quase nada, mas devo-lhe a muita atenção que dedicou àquilo que escrevi. E, apesar da ligeireza da minha pena, que a memória não albergará, ele achava que o que eu fazia era importante. “O que escrevemos é sempre importante, porque é algo de nós que damos aos outros” – disse-me um dia, Douro acima, numa viagem de barco entre a Régua e Barca D’Alva que o destino ajeitou à feição de nos cruzarmos. E ao fazerem agora dois anos sobre a sua morte, e numa altura em que revejo parte da sua obra, precisamente a que dedicou a uma paixão comum: a etnografia, acho que, apesar das homenagens todas, ainda não se

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