Vila Real foi o quinto distrito com mais área ardida em 2024. Segundo dados do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), os incêndios rurais consumiram 11.404 hectares no distrito, destacando-se os grandes fogos de setembro. Vila Pouca de Aguiar foi o concelho mais afetado, com 5.400 hectares consumidos pelas chamas, com destaque para os incêndios na zona de Vreia de Jales, que consumiu uma área de 3.719 hectares, sendo o décimo maior do país este ano. Junta-se a este o de Telões com 2.260 hectares consumidos.
Também Chaves registou um dos 20 maiores incêndios em Portugal até 15 de outubro. De acordo com o relatório do ICNF divulgado ontem, o incêndio que deflagrou na zona de Oucidres consumiu 1.263 hectares.
No Alto Tâmega e Barroso arderam um total de 8.813 hectares, do mais de 11 mil do distrito, que registou 416 incêndios.
No distrito de Bragança, houve 132 incêndios, que consumiram 3.962 hectares de povoamentos, matos e área agrícola, com destaque para o de Vimioso (Angueira) com 1.936 hectares.
Em 2024, a área ardida no país foi de mais de 136 mil hectares, sendo assim a terceira maior na última década, ainda que o número de ignições tenha sido o mais baixo desde 2014, com um total de 6.229 fogos.
Este sábado, 16 de novembro, passam dois meses após os incêndios, e o município de Vila Pouca de Aguiar não esqueceu a data.
A presidente da Câmara, Ana Rita Dias, garante que “o Município, com todas as suas equipas e com o Estado central, continua atento, preocupado e na primeira linha para dar resposta às preocupações dos aguiarenses”.
Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), já foram submetidas 117 candidaturas ao apoio excecional a agricultores com um valor elegível de 320 mil euros, e “muitas destas já foram pagas”, garante a autarquia aguiarense.
Em todo o Norte, mais de 900 agricultores afetados pelos incêndios de há dois meses declararam 3,6 milhões de euros de prejuízos, segundo a CCDR-N.
A autarca de Vila Pouca de Aguiar destaca ainda que foi criada “uma estrutura de apoio na área do urbanismo para a recuperação de habitações atingidas, estamos em constante ação juntamente com o ICNF para dar resposta à reposição da flora e da fauna no território”.