A notícia foi adiantada pelo Jornal de Notícias, que nos dá conta que em causa estarão alguns crimes de fraude relacionados com a mercadoria, bem como com a indicação geográfica da mesma, uma vez que as alherias são produzidas em Vinhais e vendidas com rótulos da marca Alheiras Amil, empresa com sede em Mirandela. Esta também pertence a Júlia Rodrigues e à família.
Desta forma, todos os produtos acabam por beneficiar da IGP (Indicação Geográfica Protegida), atribuída pela União Europeia, em 2016.
"Segundo a Alheiras ali (Alheiras Amil) vendidas são produzidas na fábrica de Vinhais da Vifumeiro e essa informação é ocultada ao consumidor", refere o JN.
Importa referir que a autarca, em fevereiro deste ano, exigiu a demissão do inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, a propósito de uma apreensão que a autoridade levou a cabo de 12,5 toneladas de produtos cárneos, congelados e refrigerados, bem como enchidos no concelho, acusando tratar-se de um ato “irresponsável”, que “somente prejudica a imagem de um concelho e de um produto”.
Júlia Rodrigues, presidente da autarquia, não só exigiu um esclarecimento “concreto” desta ação, como também pediu a demissão do inspetor-geral da ASAE
“Por condutas irresponsáveis, que lesam a economia da região e do país, consideramos esta ação e a forma como foi comunicada inadmissível, pelo que pedimos a demissão do inspetor-geral da ASAE, uma vez que esta autoridade deve proteger os consumidores e não criar alarmismos relativamente a produtos tradicionais”, salientou na altura.