Na mesma noite, foram assaltados os postos de retransmissão da PSP, GNR, Parque Natural do Alvão e das duas rádios locais de Vila Real que se situam nas antenas localizadas nas serras do Alvão e do Marão. As investigações continuam, para encontrar os responsáveis que se acredita pertençam a uma rede de tráfico de instrumentos electrónicos.
“Na altura, foram analisados os vestígios, tais como as impressões digitais. As investigações continuam, mas ainda não há qualquer suspeito”, garantiu-nos fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Real, sobre os assaltos aos postos de retransmissão do Alvão e do Marão, ocorridos na noite de 23 de Dezembro.
O mesmo responsável esclareceu que, na sequência da investigação dos postos de retransmissão da própria GNR, “foram roubados dois repetidores, um da Brigada de Trânsito e outro da Brigada Territorial”. Este assalto está a ser investigado pela GNR de Baião, responsável pela área em causa.
Apesar de não avançar com os valores do prejuízo do assalto, a Guarda Nacional Republicana de Vila Real explicou que “não houve grandes transtornos, no normal funcionamento do sistema de rádio, uma vez que os dois aparelhos foram, rapidamente, substituídos”.
Já o mesmo não aconteceu com o equipamento do Parque Natural do Alvão (PNA) que ainda não foi substituído, como explicou Henrique Pereira, Director do Parque: “Estamos à espera de mais desenvolvimentos, nas investigações, para substituir o repetidor, com a maior brevidade possível”, garantiu, explicando que “as comunicações de vigilância do Parque que eram feitas em sistema de rádio estão a funcionar, agora, via telemóvel”.
“Na altura que foi adquirido, há alguns anos atrás, o aparelho custou cerca de 2.500 euros” – recordou Henrique Pereira, mostrando-se esperançado na recuperação do equipamento que, como concluiu, “deverá estar a ser utilizado, num local onde se utilize uma sistema de rádio semelhante”.
Também os repetidores da Polícia de Segurança Pública (PSP) não escaparam aos larápios. O Nosso Jornal tentou obter mais informações, junto daquela força de segurança, o que não foi possível, até à hora de fecho desta edição.
Apesar do difícil acesso aos locais onde se encontram instalados os equipamentos, principalmente no que diz respeito às antenas do Alvão, esta não é a primeira vez que os larápios escolhem aqueles aparelhos, como alvo. Segundo informação veiculada por outros órgãos de comunicação social, mas não confirmada, pela GNR, ao Nosso Jornal, tudo indica que os criminosos estejam ligados “a uma suposta rede de tráfico de instrumentos electrónicos que serão enviados para África”.
MM