A pensar nas pessoas desta faixa etária, o município tem vindo a disponibilizar alguns serviços e apoios com vista a dar-lhes mais qualidade de vida.
Um desses exemplos é o Cartão do Idoso que dá aos idosos do concelho alguns benefícios, como desconto de 50% em medicamentos, “desde que adquiridos nas farmácias do concelho”, refere Helena Lapa. A presidente da autarquia destaca ainda, neste campo, “o acesso gratuito às piscinas” e um desconto “de 40% nas entradas de eventos pagos”.
Além deste cartão, implementado em 2017, há outras ajudas, como a Oficina Social. “É um serviço através do qual vamos a casa dos idosos prestar apoio domiciliário gratuito com pequenas obras de reparação”, nomeadamente nas áreas da carpintaria, da serralharia, eletricidade e construção civil.
“Até agora, o encargo com os materiais necessários era da pessoa em causa. Entretanto, na última Assembleia Municipal foi pedida uma alteração ao regulamento para podermos ser nós, também, a disponibilizá-los”, indica Helena Lapa, acrescentando que “muitas vezes, os técnicos chegavam a casa das pessoas e se fosse preciso mudar, por exemplo, uma torneira, tinham que voltam a Sabrosa para a comprar. Queremos que passem a levar os materiais que, à partida, serão precisos para evitar deslocações desnecessárias”.
É um serviço “com muita adesão”, ainda que com a pandemia “tenha estado um pouco parado”. E a ideia é aproveitar a viagem para “levar técnicos de serviço social, para fazerem um levantamento das necessidades do idoso, dar-lhe conta dos apoios que tem à sua disposição e que pode não ter conhecimento, fazendo depois o devido encaminhamento”.
VIDA ATIVA
Em idades mais avançadas, o segredo para ter qualidade de vida pode estar num envelhecimento ativo. A pensar nisso, a Câmara de Sabrosa tem várias iniciativas que fazem jus ao ditado “corpo são, mente sã”.
O programa Super S(énior), por exemplo, vai às IPSS’s do concelho e ajuda os seus utentes a darem “luta” ao sedentarismo e problemas de mobilidade. “Nestas idades, trabalhar a questão da motricidade fina é muito importante porque vai ajudar em tarefas tão simples como apertar o cordão do sapato ou um botão”, salienta Helena Lapa.
Destaque, ainda, para as atividades mais lúdicas, realizadas na Academia Sénior de Sabrosa. “Têm lá uma tuna, por exemplo, e acabam por fazer viagens a outras cidades”, indica a autarca.
RASTREIOS
Para breve está um outro serviço, a nível da saúde, que depende do apoio das juntas de freguesia.
“A ideia é que quando exista determinada atividade numa freguesia, levar alguém da área da enfermagem para fazer rastreios. Falo, por exemplo, de medir a tensão ou a glicémia (diabetes)”, explica Helena Lapa, referindo que “os centros de saúde não conseguem dar resposta, por falta de recursos, e temos de ir nós para o terreno”.
A autarca lembra que “temos aldeias muito distantes da sede de concelho, em que as pessoas, para virem a Sabrosa, gastam cerca de 30 euros no táxi. Para pessoas com reformas baixas é incomportável”, daí que “a nossa intervenção seja importante. Esta é uma ideia que já está em andamento, mas precisamos do apoio das juntas, no que diz respeito à disponibilização de um espaço”.
