A partir de janeiro, a Câmara Municipal de Boticas vai suportar os custos dos passes dos estudantes do secundário provenientes de famílias carenciadas que têm que frequentar escolas públicas fora do concelho, nomeadamente em Chaves.
Fernando Queiroga, presidente da autarquia, defende que “não se compreende que o ensino obrigatório seja até ao 12º ano” e que a oferta de ensino no concelho só vá até ao 9º ano.
“Não é justo que as famílias tenham que suportar esse custo extra”, defendeu o mesmo responsável político recordando que este ano a autarquia já comparticipou em 50 por cento os custos dos passes, que, na sua grande maioria, são relativos às deslocações para o concelho vizinho de Chaves, onde os alunos frequentam três últimos anos do ensino obrigatório.
No que diz respeito ao apoio à educação, a autarquia barrosã tem em curso uma série de medidas que vão desde a “oferta dos livros e material escolar a todas as crianças do 1º ciclo do ensino básico”, até a atribuição de “prémios monetários aos melhores alunos dos 2º e 3º ciclos e de bolsas aos estudantes do Ensino Superior e as estudantes em Programas de Mobilidade Internacional (Erasmus)”.
Fernando Queiroga lembrou ainda que a autarquia “disponibiliza, gratuitamente, programas de ocupação de tempos livres (nos períodos de férias escolares) para crianças até aos 16 anos” e que “oferece todos os anos uma visita de estudo a Lisboa aos alunos do 4º ano”.
No balanço do seu primeiro ano de mandato, o autarca anunciou ainda que “em 2015 a rúbrica de Apoio às Famílias contará com uma dotação financeira reforçada em 14,71 por cento, para fazer face aos aumentos dos apoios que se registou durante o último ano, destacando-se o aumento em cerca de 400 por cento das ajudas atribuídas no âmbito do Cartão Social do Munícipe e o aumento em 166 por cento no apoio aos estratos sociais desfavorecidos”.