De um lado pedia-se o triplete, do outro esperavam conquistar o troféu, 24 anos depois.
Num jogo decidido nos minutos finais, foi o Valpaços quem entrou melhor e logo aos 6’ colocou-se na frente do marcador. O capitão Xala conclui um ataque da equipa valpacense, após uma recuperação de bola a meio campo. Um lance que foi uma cópia de um outro que instantes antes foi travado por Fred e que levou os adeptos a pedirem pénalti. Cristina Amaral mandou jogar.
Até ao intervalo, o Valpaços podia ter aumentado a vantagem. Aos 22’, após um canto para o Régua, Popito lança o contra-ataque, combinando com Pedro e este a cruzar para a área, onde valeu Miguel Baló, por duas vezes. À passagem da meia hora, num remate frontal, Rabiço obriga a Clemente a aplicar-se. Do lado do Régua, a melhor oportunidade da primeira parte surgiu ao minuto 37’. Messi descobre Axel na área, mas o remate, de primeira, saiu muito por cima.
O jogo não agradava às pretensões do Régua e Marco Martins, antes do intervalo, lança Paixão a jogo. Uma aposta ganha, tendo em conta que seria ele o autor do golo do empate, aos 80’, respondendo, de cabeça, a um cruzamento de Montenegro.
O golo galvanizou os reguenses que viriam a consumar a cambalhota no marcador já em tempo de compensação, algo a que os adeptos se foram habituando ao longo da época.
Aos 93’, Montenegro bate o canto e na área Dani faz o 2-1. Pouco depois surge o apito final e com ele a explosão de alegria dos adeptos do Régua, clube que alcançou um feito histórico ao fazer o triplete.
Um jogo digno de taça, com duas partes distintas. Melhor o Valpaços na primeira, o Régua a destacar-se na segunda e a festa dos adeptos de ambas as equipas nas bancadas.
COMENTÁRIOS
Marco Martins, Treinador do Régua
“Não entrámos da melhor maneira, penso que nos faltou um pouco de humildade para defrontar o Valpaços, uma equipa com qualidade. Ao intervalo corrigimos essa atitude e penso que a segunda parte é toda nossa. Acaba por ser uma vitória justa”
Júlio Batista, Treinador do Valpaços
“Penso que fizemos um bom jogo, sobretudo na primeira parte, onde podíamos dilatar o marcador. Na segunda parte, o Régua criou-nos mais dificuldades e acabámos por perder dois jogadores importantes por lesão. Saímos daqui de mãos a abanar, mas com um grande orgulho nesta equipa”
DESTAQUE
O jogador do Régua, que foi a jogo na segunda parte, acabou por ser decisivo. Foi dos seus pés que saiu a bola para os dois golos da sua equipa, que valeram a conquista do triplete.
FICHA TÉCNICA
Complexo Desportivo Monte da Forca, Vila Real
Árbitro: Cristina Amaral
Auxiliares: Artur Veiga e Fábio Araújo
4º Árbitro: Carlos Leite
RÉGUA: Clemente, Fred, Dani, Mika, Quinzinho (Francisco, 86’), Jota, Diogo Seminário (Paixão, 40’), Cláudio, Axel, Miguel Baló (Carlos Silva, 86’) e Messi (Montenegro, 64’)
Treinador: Marco Martins
VALPAÇOS: Luca, Alejandro, Clemente, Pepe, João, Fabian, Popito, Xala (Sérgio, 66’), Pedro, Rabiço e Tó (Felipe, 60’)
Treinador: Júlio Batista
Ao intervalo: 0-1
Cartões amarelos: Fred (47’), Jota (49’), Fabian (52’), Luca (75’), Mica (78’), Pedro (79’), Axel (90’), Montenegro (91’) e Nuno Vicente (92’)
Marcadores: Xala (6’), Paixão (80’) e Dani (90’+3)[/block]31